SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O tiro que feriu uma criança na manhã desta quarta-feira (17) em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, não partiu da Polícia Militar, afirmou porta-voz da corporação em entrevista coletiva nesta noite.
Agentes realizavam uma ação de patrulhamento no momento da ocorrência e teriam trocado tiros com criminosos.
“Não sabemos ainda o que feriu essa criança, pode ser sido um disparo dos bandidos ou pedaço de reboco, estilhaço ou uma queda”, disse o coronel Macedo, chefe da comunicação social da PM. “As imagens da câmeras corporais, porém, nos dão certeza de que o menino não estava na linha de ação dos policiais”, acrescentou.
Os três policiais envolvidos na ocorrência usavam câmeras nos uniformes, segundo a corporação. As gravações, porém, só serão divulgadas ao fim do inquérito.
O coronel diz ter visto as imagens e relata ter observado a criança e sua mãe na rua quando o tiroteio começou. Segundo ele, os PMs estariam na frente da dupla quando algo atingiu o menino na cabeça, impossibilitando, ainda de acordo com Macedo, que os policiais tenham responsabilidade na ocorrência.
“Tudo o que estamos falando é esclarecimento inicial. Ao longo das investigações alguma informação pode ser modificada, claro”, completou o porta-voz da PM.
O resultado da tomografia do menino também foi divulgado na coletiva. O exame não aponta lesão contundente, e não há necessidade de intervenção cirúrgica.
De acordo com a PM, a princípio os policiais envolvidos no caso não serão afastados.
A corporação ainda rechaçou a declaração do ouvidor das polícias, Claudio Aparecido, que mais cedo levantou suspeita de que os PMs teriam tentado adulterar a cena e corromper provas.
BRUNO LUCCA / Folhapress