A Câmara de Campinas arquivou, por unanimidade, o pedido de abertura de Comissão Processante contra o prefeito Dário Saadi (Republicanos) em virtude do episódio da “Festa da Bicuda”, que teve apresentações com nudez e cenas de sexo explícito em uma praça pública do distrito de Barão Geraldo. Ao todo, foram 31 votos contrários. Ou seja, todos os vereadores presentes na sessão negaram a instauração da CP, que poderia levar a cassação de mandato.
Apresentado por Marcélio Leão, pré-candidato a vereador no município, o documento sugere responsabilidade da administração municipal, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, pela realização do evento.
Relembre o caso
No último dia 14, uma apresentação com nudez e cenas de sexo na Praça Durval Pattaro, em Barão Geraldo, causou polêmica entre os moradores e viralizou nas redes sociais. O conteúdo do show não havia sido informado previamente pela produção do evento e contou com apoio estrutural do poder público, a partir de indicação de recursos de emenda parlamentar da vereadora Paolla Miguel, do Partido dos Trabalhadores (PT).
De acordo com a prefeitura, após o evento, a responsabilidade é do promotor, que não está sujeito à censura prévia, mas que responde pelos atos. No dia seguinte, para evitar conteúdos impróprios em espaços públicos, o prefeito Dário Saadi publicou uma portaria onde obriga o produtor a declarar previamente qual a faixa etária do evento.
Posicionamento
Em nota, o poder público municipal ressaltou que o prefeito não esteve e nem participou da festa. Além disso, a pasta reiterou que a contratação de parte da estrutura para o evento foi realizada por meio de emenda impositiva da vereadora Paolla Miguel e que a prefeitura não organizou e nem pagou shows deste evento.
Além disso, a nota destacou que o autor do pedido é pré-candidato a vereador do partido do deputado estadual Rafael Zimbaldi, pré-candidato a prefeito.