Eles são conhecidos pela forma de executar várias tarefas simultaneamente, ou em “várias janelas abertas”, além de serem super abertos a diversidades e flexibilidade de execuções. A geração Z consiste nos jovens nascidos entre o ano de 1995 a 2010. São pessoas que cresceram na interação e popularização da internet.
Sobre isso o coordenador do Nau Mercado de Trabalho, José Urbano menciona: “Os jovens atuais aprenderam desde cedo sobre qualidade de vida, o respeito a diversidade, uma geração que ouviu falar sobre machismo, racismo, homofobia, que não tolera esse tipo de situação em nenhum ambiente de trabalho, isso é bacana, porque a organização precisa adaptar os formatos nas relações”.
Antigamente era muito comum as pessoas entrarem em um emprego e permanecerem por lá até a aposentadoria, mas isso não é o que acontece com a geração Z.
Pesquisa realizada pela Talent Trends Espanha 2023 revela que 92% desses profissionais continuam buscando trabalho mesmo empregados.
Além da vontade de diversificação, a geração Z tem um objetivo quando o assunto é entrar no mercado de trabalho. Urbano menciona três deles deles:
A saúde mental: “eles são delicadíssimos, justamente porque foram ensinados que tudo é muito rápido e nem tudo é rápido e imediato, por isso eles sofrem com essa antecipação, que é o sofrer antes de algo acontecer. Mas são jovens que aceitam cuidar da saúde mental, então, não tem medo de falar que são ansiosos, depressivos, sendo muito comum um jovem falar: ‘eu tenho TDH’, eles falam de uma maneira que gerações anteriores tinham vergonha”.
O salário: “é uma geração idealista, e desde cedo investe nos seus sonhos, então eles não querem qualquer trabalho, querem algo que tenha sentido. É uma geração que não quer um trabalho apenas pelo salário, mas que busca fazer algo que tenha sentido para ela”.
A flexibilidade: “eles buscam uma vaga que dê a possibilidade de realizar trabalhos remotos, é uma geração que não gosta de ficar presa no mesmo lugar, então se tem a chance de fazer isso em casa, viajando, isso também é algo que eles valorizam bastante”.
As adaptações no ambiente de trabalho
José Urbano, coordenador do Nau Mercado de Trabalho, afirma que os jovens da geração Z não desenvolveram habilidades interpessoais para trabalhar em ambientes corporativos, por isso confirma que: “isso reflete em uma ótima comunicação pelas mídias, mas quando há o contato pessoal, existe esse impasse, pois a geração Z já nasceu com o celular na mão, por um lado é uma vantagem, mas por outro é um problema, por que essa geração quando chega no mercado de trabalho muita das vezes não sabem mexer em um computador”.
Para evitar conflitos de gerações no ambiente corporativo, Urbano aposta na empatia entre empregador e colaborador:
“É preciso aprender a desenvolver habilidades na comunicação interpessoal, mas é necessário passar por um treinamento. O jovem da geração Z, precisa passar por um treinamento ao chegar no mercado de trabalho”.
Mesmo diante desta grande diversidade de gerações em um mesmo ambiente de trabalho, é possível desenvolver ótimos trabalhos com os jovens zoomers e aprender com eles. Urbano deixa uma dica:
“Ao invés de pensar em conflitos de gerações, devemos pensar em interação de gerações. Pois a organização que contém várias gerações, ela ganha com essa diversidade, são modos de pensar e executar diferentes, isso é bacana. Por outro lado, é errado encarar isso como um conflito: ‘o certo é o que a geração X faz, ou o certo é o que a geração Z faz’. Não! São olhares diferentes sobre o mundo e a gente pode ganhar com isso”.
Sobre o projeto Nau Mercado de trabalho
O projeto Nau mercado de trabalho atende jovens de 16 a 24 anos da cidade de Ribeirão Preto e todo o Brasil, no desenvolvimento de habilidades para o mercado de trabalho. As inscrições ficam abertas o ano todo e o curso é de gratuito. Para saber mais acesse @projetonau.
**Colaboração de Evelyn Rodrigues