SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo registrou uma redução de 3,7% nos furtos no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas os números da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o crime ainda estão 11,8% mais altos do que os registros no primeiro trimestre de 2022, último ano do governo Rodrigo Garcia (ex-PSDB).
Foram 59.120 ocorrências registradas de janeiro a março deste ano nos 93 DPs (distritos policiais) da capital e na delegacia do aeroporto de Congonhas. Nos três primeiros meses de 2023, foram 61.415 furtos, e em 2022, 52.857. Assim, o governo atual ainda precisa chegar a uma redução para além do recorde histórico de 2023.
Já os roubos -30.924 ocorrências de janeiro a março deste ano- caíram tanto na comparação com 2023 (13,9%), primeiro ano da segurança sob Guilherme Derrite, atual secretário da Segurança Pública de São Paulo, quanto com 2022 (9,9%), na gestão do general de Exército João Camilo Pires de Campos, chefe da pasta nos governos de João Doria (então no PSDB) e Rodrigo.
Os roubos se diferenciam dos furtos pelo emprego de violência ou grave ameaça no ato criminoso.
Considerando todos os distritos policiais, os furtos de janeiro a março deste ano aumentaram em 60 deles na comparação com 2023, e em 66 em relação a 2022.
O maior aumento em relação a 2023 foi de 63,2%, no 25º DP (Parelheiros). Na comparação com 2022, foi na 72%, no 36º DP (Vila Mariana).
Apesar da queda geral, a região da 7ª seccional, que agrupa parte dos distritos policiais da zona leste, registrou 3.775 roubos no primeiro trimestre deste ano. O número tem alta de 7,3% na comparação com 2023 e de 3,3% ante 2022.
Procurada, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo destacou a redução 17,7% de roubos em março na capital, com 10.506 casos contra 12.773 no mesmo mês do ano passado. O número também fica abaixo dos 12.236 casos de março de 2022.
A pasta também cita a redução geral de roubos e furtos na capital no primeiro trimestre deste ano. Sobre a 7ª seccional, a SSP não respondeu sobre o aumento de roubos no período, e citou uma redução de 10% nos casos de furto em março de 2024 ante o mesmo mês em 2023.
“Apenas nesta região, 1.196 infratores foram presos ou apreendidos e 69 armas de fogo foram retiradas das ruas, contribuindo para enfraquecer as atividades ilícitas na área.”
Ao longo do ano passado, a gestão Tarcísio também precisou lidar com a alta de roubos e furtos no centro de São Paulo. No primeiro trimestre deste ano, o número de roubos ficou 33,6% e 16,7% mais baixo, nas comparações com 2023 e 2022, respectivamente.
Já os 14.076 furtos de janeiro a março -a maior parte do total– tiveram queda de 22% na comparação com 2023, mas ainda estão 1,2% acima do registrado no mesmo período de 2022. Considerando as oito seccionais, os furtos aumentaram nas comparações do primeiro trimestre de 2024 com os dois anos na 2ª (zona sul), na 4ª (zona norte), na 5ª (zona leste) e na 6ª (zona sul).
Na comparação de roubos com 2023 e 2022, tiveram alta nos dois períodos a Consolação (3,5% e 29,5%) e a Aclimação (44% e 77%). Considerando furtos, as altas foram na Aclimação (5,7% e 45%) e no Brás (5,1% e 13,1%).
O maior maior aumento de roubos na comparação com 2023 foi de 50%, com o 68º DP (Lajeado) e o 95º DP (Heliópolis) empatados, e de 85% ante 2022, no 18º DP (Alto da Mooca).
LUCAS LACERDA / Folhapress