Ex-prefeito de Itanhaém é condenado a 10 anos de prisão por participar de organização criminosa; Pré-candidata à prefeitura é condenada em mais um processo

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O ex-prefeito de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes (PL), e atual pré-candidato à prefeitura da mesma cidade, que já era alvo de investigações desde 2019 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), foi condenado em 1ª instância, na última segunda-feira (29), pelo juiz da 1ª Vara de Orlândia, João Paulo Rodrigues da Cruz, a cumprir 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão, em regime fechado, e mais 41 dias-multa (R$ 2.824,00), pelos crimes de corrupção passiva e associação criminosa. Ainda cabe recurso.

O MP (Ministério Público) denunciou a organização criminosa em 2021. Segundo consta nos autos do processo nº 1000739-73.2021.8.26.0404, o condenado teria atuado junto com um grupo de pessoas, sendo elas: Saulo Trevisan Oliveira; Ayrton José Pereira Júnior; Cristiane Forssel Ferrara Fomin; Marcel de Camargo Fomin; Marco Aurélio Gomes dos Santos; Eduardo Gomes dos Santos.

A suposta associação criminosa contratava empresas de fachada, por meio de licitações, com o objetivo de desviar dinheiro das verbas públicas direcionadas à educação, como compra de material escolar e uniformes.

Quando a investigação começou, Marco Aurélio ainda atuava como prefeito da cidade. O acusado exerceu dois mandatos no município, entre os anos 2013 à 2016, e 2017 à 2020.

Eduardo Gomes dos Santos, é irmão do ex-prefeito e atuava como Secretário de Governo na época. Ele recebeu a mesma pena de Marco Aurélio. Veja a seguir:

  • Marco Aurélio Gomes dos Santos: dez anos, dez meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado, e o pagamento de 41 dias-multa – fixado em dois salários mínimo, ou seja, R$ 2.824.
  • Eduardo Gomes dos Santos: dez anos, dez meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado, e o pagamento de 41 dias-multa – fixado em dois salários mínimo, ou seja, R$ 2.824.
  • Saulo Trevisan Oliveira: sete anos, nove meses e dez dias de reclusão, em regime fechado, e o pagamento de 35 dias-multa – fixado em dois salários mínimo, ou seja, R$ 2.824.
  • Ayrton José Pereira Júnior: seis anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, e o pagamento de 33 dias-multa – fixado em dois salários mínimo, ou seja, R$ 2.824.
  • Cristiane Forssel Ferrara Fomin: seis anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, e o pagamento de 33 dias-multa – fixado em dois salários mínimo, ou seja, R$ 2.824.
  • Marcel de Camargo Fomin: seis anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, e o pagamento de 33 dias-multa – fixado em três salários mínimo, ou seja, R$ 4.236.

Cristiane Forssel, que foi candidata na última eleição municipal de Itanhaém e atual pré-candidata à prefeitura da mesma cidade para as eleições deste ano (2024), e seu ex-marido, Marcel de Camargo Fomin também já foram condenados em outro processo, acusados de integrarem uma organização criminosa com outras 12 pessoas, entre elas, alguns citados deste processo acima, como Saulo Trevisan Oliveira e Ayrton José Pereira Júnior, além de outros envolvidos.

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