Após dar à luz, Larissa, acompanhada pelo médico responsável pelo pré-natal, foi declarada em boas condições de saúde. No entanto, horas depois, uma tragédia ocorreu: Larissa sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito, supostamente devido a uma administração incorreta de medicação.
O médico, embora ausente no momento do incidente, confirmou que uma ampola de noradrenalina, inadequada para o setor de maternidade, foi encontrada. Este medicamento, segundo o delegado, não deveria ser usado em pacientes pós-parto, indicando um possível erro na administração.
Embora o médico negue ter prescrito o medicamento, a técnica de enfermagem, responsável pela administração dos medicamentos, também negou ter aplicado a noradrenalina em Larissa. As circunstâncias levaram a polícia a registrar o caso como morte súbita sem causa determinante aparente, mas uma investigação de homicídio culposo, sem intenção de matar, está sendo considerada.
A polícia aguarda laudos do Instituto Médico Legal para confirmar a causa da morte e determinar se a noradrenalina foi de fato administrada. O acesso aos registros médicos e ao departamento de farmácia do hospital também será fundamental para esclarecer a sequência de eventos e o manejo do medicamento. O Hospital Padre Albino expressou solidariedade à família e está colaborando com as autoridades na investigação.
Embora o médico responsável pela paciente tenha optado por não conceder entrevistas, uma médica pediatra explicou que a noradrenalina é usada em situações específicas, como a sustentação da pressão arterial em casos de pós-operatório complicado. No entanto, seu uso deve ser estritamente controlado e, geralmente, é reservado para ambientes de UTI. O manuseio inadequado pode resultar em complicações graves, incluindo arritmias cardíacas, que podem levar à parada cardiorrespiratória.