O homem que matou o enteado a pauladas em Monte Mor já havia sido denunciado ao conselho tutelar por uma psicopedagoga que atendeu o menino. Durante a consulta foi revelado que ele poderia ser vítima de maus tratos.
Porém, após os trâmites necessários o conselho determinou que não havia nada fora do comum nas relações familiares. Esta versão é desmentida pelo delegado que afirma que haviam documentações acopladas à denúncia que comprovaram os maus tratos prévios.
O delegado Fernando Bueno fala que está colhendo os depoimentos de pessoas próximas ao menino. Já foram ouvidos os professores, a diretora da escola, e os familiares mais próximos.
No depoimento a mãe diz que estava em uma casa vizinha quando ocorreu o crime. Está sendo apurado se ela sabia de agressões anteriores.
Uma das principais linhas de investigação seria de que o crime cometido pelo padrasto teria sido motivado por homofobia, uma vez que o menino tinha o hábito de brincar de bonecas.
O caso
Luiz Felipe, de 12 anos, foi morto pelo padrasto de 46 anos durante um castigo feito pelo padrasto na casa em que moravam, em Monte Mor. Ao tentar corrigir o adolescente, foi exigido que fosse realizado agachamentos como forma de castigo, porém quando percebeu que o jovem estava rindo, como punição resolveu agredí-lo.
Neste momento, ele teria perdido o controle e com raiva, pegou uma ripa de madeira e passou golpear o jovem nas pernas. Os ferimentos, teriam causado uma lesão, o que gerou um coágulo que possivelmente de deslocou ao até o pulmão causado embolia pulmonar.
Segundo o médico que atendeu a criança, o menino passou mal em casa, com falta de ar e fraqueza. A família entrou em contato com o serviço de atendimento móvel, que rapidamente atendeu a ocorrência. Outro membro da equipe médica acionou a Guarda Municipal, ele afirma que o menino de 12 anos já estava em óbito quando chegou ao hospital.
A GM foi ao local e prendeu em flagrante o padrasto do adolescente. Em nota, A Guarda de Monte Mor, informou que foi acionada na noite de sábado, dia 27 de abril, pelo médico plantonista do Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus, tendo como suspeita a morte de um menino de 12 anos, agredido pelo padrasto.
O padrasto afirmou à Guarda que como corretivo de uma atitude de desrespeito, a criança foi obrigada a realizar agachamentos. Mas por agir com “graça e zombando” do que estava acontecendo, foi agredido com uma ripa de madeira, com batida na perna, o que se repetiu mais de uma vez.
O suspeito e a mãe foram conduzidos à Delegacia de Monte Mor, e o delegado de plantão decidiu pela prisão em flagrante do padrasto, tendo como base homicídio simples, ficando o mesmo à disposição da justiça.
O corpo da criança foi encaminhado para o IML de Americana, para realizar o exame necroscópico, a Polícia Civil está aguardando o resultado. O padrasto passou também por audiência de custódia e foi deliberado que continuasse preso até a apuração das causas da morte da criança.
O corpo de Luiz Felipe foi velado no Cemitério Municipal de Monte Mor
*Supervisão Ettore Melato