ACIRP e IPCCIC realizam pesquisa inédita que vai mapear o Centro

O projeto vai durar dois anos e pretende tornar o Centro mais atrativo para negócios e pessoas

Comerciantes protestam no Centro de Ribeirão Preto | Foto: Rede social

Uma pesquisa da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP) e do Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais (IPCCIC) vai realizar a maior radiografia e conjunto de diagnósticos já feitos sobre o Centro da cidade.

Oficialmente, a pesquisa tem início a partir da próxima segunda-feira (06), quando quatro pesquisadores do IPCCIC vão percorrer os 177 quarteirões e 3.626 lotes que compõem o Quadrilátero Central.

A pesquisa terá duas grandes partes: a partir do dia 6, começa a fase de observação, por parte dos pesquisadores, da parte externa dos imóveis e do seu entorno, como qualidade das calçadas, objetos que atrapalham a mobilidade dos pedestres, como lixeiras e outros itens.

A segunda fase será a pesquisa propriamente dita e começa após a conclusão da fase de observação. Nela, os empresários e moradores do Centro serão entrevistados, com a apresentação de diversas questões presentes em um formulário, previamente testado.

A previsão é que a pesquisa demore, nas suas duas fases, entre dois e três meses.

Após o recolhimento e tratamento dos dados obtidos, os próximos passos serão o desenvolvimento de projetos para os diversos setores da região central, inclusive propostas para as áreas comercial e de serviços.

“Um Centro Para Todos”

A pesquisa é a primeira etapa do projeto “Requalifica Ribeirão – Um Centro para Todos”, que identifica a parceria que durará dois anos, entre a ACIRP e o IPCCIC.

“O que a gente pretende saber, em síntese, é o que as pessoas querem para o Centro, o que elas pensam. Por isso, vamos visitar todos os mais de três mil lotes que fazem parte do Quadrilátero. As pessoas não vão atender? Pode ser que sim, pode ser que não, mas todas serão visitadas. Vamos saber quantos imóveis ou negócios estão abertos, quantos estão fechados, quantos poderiam estar abertos, quantos comércios existem de um determinado setor, quantos de outro, de maneira a que possamos reconstruir as informações que nos faltam”, informou a educomunicadora do IPCCIC, Adriana Silva, responsável pelo projeto.

A historiadora Lilian Rosa é responsável pela coordenação da pesquisa e pela produção dos dados finais. Segundo ela, a participação do maior número de pessoas é importante para o sucesso do projeto.

“Espalhem a notícia pelo ‘boca-a-boca’. A gente sabe que existe muito golpe por aí e, às vezes, as pessoas têm medo de atender os pesquisadores, como ocorria antigamente com o IBGE. Vocês que estão no Centro nos ajudem nesse sentido para dizer aos seus vizinhos e amigos que serão visitados pelos nossos pesquisadores.”, afirmou.

Importância da participação

Para a presidente da ACIRP, Sandra Brandani Picinato, é importante que os comerciantes e prestadores de serviços – associados ou não à ACIRP – participem da pesquisa.

“Eu sei que, no começo, algumas pessoas vão ficar desconfiadas, mas é importante que todos participem da pesquisa. É com as informações de todos que nós vamos conseguir traçar uma radiografia do Centro – os seus problemas e as suas potencialidades – para, depois, começarmos a elaborar os projetos que poderão tornar a nossa região central mais atrativa para quem mora, trabalha ou para aqueles que vêm comprar no local”, afirmou.

A presidente da ACIRP fala com conhecimento de causa sobre o Centro. A empresa da qual é proprietária está instalada na região do Corredor Histórico há mais de quarenta anos, nas proximidades da avenida Jerônimo Gonçalves, há mais de quarenta anos.

Quem são os pesquisadores

Os profissionais que vão trabalhar na pesquisa e na entrevista de moradores, proprietários e locatários de imóveis comerciais na região central estarão identificados com camisetes do projeto e crachás com os seus respectivos nomes, cargos e fotos.

Os pesquisadores são os seguintes: Giovanna Stéfany Bernazani, France Júnior Plácido de Lima, André Cesar Moreira de Assis e Luiz Benjamin Trivellato Neto. A foto com os quatro profissionais está publicada nesta matéria, como forma de se evitar que os comerciantes e moradores sejam alvo de golpes utilizando o nome da ACIRP, IPCCIC e da própria pesquisa.