SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O engenheiro e empresário Adolpho Lindenberg morreu aos 99 anos nesta quinta-feira (2), em São Paulo (SP). Fundador da construtora que leva seu nome, Lindenberg foi responsável pelo sucesso do estilo neoclássico nos condomínios verticais da capital paulista nas últimas décadas.
Em junho, o empresário faria 100 anos. A causa da morte não foi revelada.
Adolpho formou-se em Engenharia Civil e Arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie , em 1949, e fundou a construtora em 1952.
Com o crescimento da cidade e terrenos em escassez nos anos 60, Adolpho propôs à clientela de alta renda um modelo de moradia que mantinha o conforto e o espaço das mansões, mas em condomínios verticais com grandes apartamentos. Até então, apenas a classe média morava em prédios. Alguns dos marcos são as varandas e terraços com piscinas próprias.
Com as mudanças no mercado, a construtora se diversificou, oferecendo também apartamentos menores, mas ainda seguindo o alto padrão. Os apartamentos amplos, no entanto, seguem sendo o forte da empresa. Um dos projetos atuais em construção é o Groenlândia 77, no Jardim América, próximo ao Ibirapuera, em São Paulo. Os apartamentos vão até 772 m².
Em nota, a associação do setor Secovi-SP afirma que Adolpho deixa “um exemplo e um legado” para o mercado imobiliário. A associação também afirma que o empresário em um “homem de valor, de princípios e grande humanista”.
Católico devoto, Adolpho fundou a organização conservadora Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, em homenagem ao líder conservador de quem era primo. Foi também sócio fundador da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade).
O corpo foi sepultado na manhã desta sexta-feira (3), no cemitério da Consolação, centro de São Paulo.
Redação / Folhapress