São Paulo amplia vacinação contra HPV para jovens de até 19 anos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (3) que a vacinação contra o HPV será estendida para jovens na faixa dos 15 aos 19 anos e passará a ser feita com dose única.

Antes, o imunizante era indicado apenas para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos -que continuam incluídos no esquema vacinal- e aplicado em duas doses.

A vacina protege contra os quatro tipos do papilomavírus humano, responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo de útero, além de outros cânceres e verrugas genitais.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, as equipes das UBS (Unidades Báscias de Saúde) vão fazer busca ativa pelos jovens não vacinados, além de realizar a vacinação nas escolas.

Existem mais de 200 tipos de HPV, com capacidade de infectar mucosas orais, genitais e sexuais de homens e mulheres e que podem causar desde verrugas até outros sintomas mais graves. É esperado que, ao longo de toda a sua vida, 80% dos adultos sexualmente ativos tenham contato com o vírus.

A vacina utilizada no SUS é produzida pelo Instituto Butantan e é chamada quadrivalente, contendo quatro formas do vírus -6, 11, 16 e 18. Na rede particular, a vacina protege contra nove tipos do vírus.

Nos últimos anos, o país enfrenta queda da cobertura da vacinação contra o HPV.

Na cidade de São Paulo, a cobertura na faixa etária dos 9 aos 14 anos está em 72,41% para as meninas e 43,37% para meninos. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 80%.

As UBS funcionam para a vacinação de segunda a sexta-feira das 7h às 19h e as Assistências Médicas Ambulatoriais abrem também aos sábados, das 7h às 19h.

O público estimado para a vacina na faixa dos 9 aos 14 anos na capital é de 825 mil pessoas. Na faixa dos 15 a 20 anos, de 1, 5 milhão. A vacina contra o HPV está disponível ainda para homens e mulheres de até 45 anos imunossuprimidos e para vítimas de violência sexual.

A mudança no esquema vacinal, segundo a pasta da Saúde, segue recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), a partir de estudos realizados ao longo dos 10 anos após o seu lançamento, que aconteceu em 2014.

“As mudanças no esquema vacinal, portanto, representam a possibilidade de uma maior adesão à vacinação, aumento da cobertura vacinal e consequentemente imunidade a um maior contingente populacional, além da oportunidade para a inclusão de outros públicos prioritários”, diz a coordenadora do Programa Municipal de Imunizações, Mariana de Souza Araújo.

Redação / Folhapress

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