SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo teve nesta sexta-feira (3) o dia mais quente para um mês de maio, em ao menos 81 anos. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a marca, de 32,1ºC, acabou alcançada às 15h, em medição parcial feita na estação meteorológica convencional do Mirante de Santana, na zona oeste. O recorde anterior, de 31,7ºC, havia sido registrado na quinta-feira (2) e em 2001.
De acordo com o meteorologista Ernesto Alvin Grammelsbacher, do Inmet, a temperatura máxima desta sexta-feira tem chances de ser alterada, pois medição derradeira será realizada à noite.
O recorde pode ser ampliado nos próximos dias. Segundo o instituto, parte do estado de São Paulo, incluindo a região metropolitana, está em aviso meteorológico especial nível laranja (perigo) para onda de calor, que vai ao menos até domingo (5).
Uma onda de calor ocorre quando as temperaturas ficam a partir de 5ºC acima da média por ao menos cinco dias consecutivos.
A média máxima para o mês de maio no município é de 23,4°C, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Prefeitura de São Paulo.
De acordo com a Climatempo, São Paulo está dentro um forte bloqueio atmosférico que vem mantendo o estado com sol, ar seco e temperaturas muito acima do normal para esta época do ano.
Medições do Inmet apontam que ao menos 35 municípios paulistas tiveram termômetros com marcações acima de 30ºC nesta sexta. A maior temperatura no estado, de 37,3ºC, foi anotada em Bertioga, no litoral -na véspera, o município já havia liderado o ranking.
Conforme a Climatempo, o bloqueio atmosférico continua nos próximos dias e vai afastar mais uma frente fria do interior do estado. Ela fria passa pelo litoral de SP na noite desta sexta-feira, ajudando a provocar chuva isolada e passageira, mas sem fechar o tempo completamente e não deve chegar à região metropolitana.
De acordo com o Inmet, de sábado (4) à terça (7), as máximas devem oscilar entre 30ºC e 32ºC na cidade de São Paulo. Não há previsão de chuva e o céu ficará com poucas nuvens.
FÁBIO PESCARINI / Folhapress