Estudo evolutivo sobre comércio exterior, desenvolvido pelo Núcleo de inteligência da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), aponta aumento no valor exportado das commodities na Região Administrativa de Ribeirão Preto (RA11), no interior do Estado de São Paulo.
De 1997 a 2019 o valor exportado na região, em dólares, cresceu 937%, ou seja, ficou dez vezes maior. A média anual de crescimento ficou em 14,5%. Além do aumento do volume de exportações, teve destaque a elevação de preço de boa parte dos produtos da região, sobretudo daqueles relacionados ao setor sucroenergético. Adicionalmente, não se considera nesse valor a inflação em dólares no período.
A participação dos produtos relacionados ao agronegócio no total exportado saiu de 63% em 1997 para 70% em 2019. Embora aparente ser pequeno, o ganho de participação do setor o consolidou como carro chefe das exportações na região, e veio com a inclusão de novos produtos. A soja e o amendoim, que no início da série não tinham qualquer valor exportado, passaram a representar 11,9% e 4,7% do total exportado em 2018, e garantiram lugares entre os produtos mais representativos na região.
Dados
Os dados indicam um crescimento dos produtos de agronegócio no total de exportações da Região, a exemplo do açúcar, que figura no topo da lista com maior valor exportado, tendo Sertãozinho como líder no setor. A soja fica em segundo no ranking de 2018, com até 200 milhões de dólares em exportações, principalmente para a China.
Outros produtos do agronegócio e agroindústria compõem o gráfico de maior valor de itens exportados em 2018 na Região de Ribeirão Preto, como o papel e cartão, amendoim, resíduos sólidos, álcool etílico não desnaturado, animais vivos da espécie bovina, estanho em formas brutas, óleo de soja e carne bovina.
O levantamento mostra o cenário favorável a partir do preço das commodities entre 2000, 2010 e 2018, “principalmente por conta de uma valorização dos produtos do agronegócio e aumento da demanda na China”, explica Gabriel Couto, economista da ACIRP. De acordo com o estudo, o volume de exportação foi de US$ 200 milhões à US$ 1 bilhão e 600 milhões em apenas 20 anos.
Argentina
Uma baixa no volume de exportação para a Argentina também foi apontada nos últimos dez anos. Isso se deve pela crise que o país vem enfrentando desde 2000 e pela diminuição da demanda de produtos fora do setor do agronegócio, em comparação a seu crescimento, segundo o economista da ACIRP.
Em âmbito nacional, a China lidera no ranking de valor de importação de produtos do agronegócio brasileiro, com US$ 25,8 milhões. Os dados, de 2019, são da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil).
Os destinos de exportação da Região Metropolitana de Ribeirão Preto em 2018 são: China, com volume de mais deUS$ 200 milhões de exportação, Estados Unidos, com mais de US$100 milhões em exportações, Nigéria, Índia e Bangladesh, acima de US$50 milhões e Turquia, Marrocos, Reino Unido, Países Baixos (Holanda) e Egito com até 50 milhões em exportação.
Crescimento
De 1997 a 2019 o valor exportado na região, em dólares, cresceu 937%, ou seja, ficou dez vezes maior. A média anual de crescimento ficou em 14,5%. Além do aumento do volume de exportações, teve destaque a elevação de preço de boa parte dos produtos da região, sobretudo daqueles relacionados ao setor sucroenergético. Adicionalmente, não se considera nesse valor a inflação em dólares no período.
A participação dos produtos relacionados ao agronegócio no total exportado saiu de 63% em 1997 para 70% em 2019. Embora aparente ser pequeno, o ganho de participação do setor o consolidou como carro chefe das exportações na região, e veio com a inclusão de novos produtos. A soja e o amendoim, que no início da série não tinham qualquer valor exportado, passaram a representar 11,9% e 4,7% do total exportado em 2018, e garantiram lugares entre os produtos mais representativos na região.