SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Apesar da trégua nas chuvas no Rio Grande do Sul, o rio Guaíba continua com nível elevado; 83 mortes já foram confirmadas após uma semana de chuvas incessantes.
O nível do rio Guaíba estava em 5,27 metros, às 8h desta segunda-feira (6). Desde a semana passada, o Guaíba ultrapassou o recorde da maior cheia registrada até então -o nível de 4,76 metros, em 1941, quando inundou grande parte do centro da capital gaúcha.
O rio está cerca de 2,3 metros acima da cota de inundação. O limite para inundações é de 3 metros, uma referência que indica possíveis danos aos municípios.
A cheia que inunda Porto Alegre ainda levará dias para retornar a patamares seguros. ”No Guaíba, teremos uma retenção durante toda a semana, vai variar de 5,3 m a 5,5 m, mas com estabilidade”, explicou o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista à GloboNews.
Prefeito aconselha pessoas a irem para cidades litorâneas. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, sugeriu que moradores que tenham casa no litoral deixem a capital em direção às praias, que não foram tão afetadas pelas chuvas quanto a região central do estado.
Volume de chuvas diminui no estado. De acordo com o ClimaTempo, nesta segunda-feira e na terça não choverá no Rio Grande do Sul. A partir da quinta-feira (9), está prevista uma mudança brusca de temperatura com pancadas de chuva.
83 pessoas morreram, segundo a Defesa Civil. As mortes ocorreram em 38 municípios. Outras quatro mortes estão sendo investigadas com suspeita de terem relação com eventos meteorológicos. 111 estão desaparecidos, 121.957 desalojados e 850.422 afetados.
Roca Sales e Arroio do Meio estão ilhados. Os dois municípios do Vale do Taquari estão sem águas e alimentos. Não há acesso por terra às duas cidades.
Redação / Folhapress