SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê chuvas intensas em algumas áreas do Rio Grande do Sul para as próximas 24 horas.
Instituto alerta para tempestades entre segunda (6) e terça (7). O volume total de chuva pode chegar a 100 milímetros, com ventos de até 100 km/h e queda de granizo no sul do estado. Pedro Osório, Bagé, Arroio Grande e outras cidades próximas à fronteira com Uruguai, devem ser afetadas.
Risco de corte de energia elétrica. Estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos também fazem parte do alerta divulgado pelo Inmet.
Governo federal reconheceu estado de calamidade pública em 336 municípios, entre elas a capital gaúcha. Com a decisão, os municípios podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Ao todo, o Rio Grande do Sul tem 497 municípios, sendo 364 afetados.
As 83 mortes ocorreram em 38 municípios. Outros quatro óbitos estão sendo investigados sob suspeita de relação com os eventos meteorológicos. 111 pessoas estão desaparecidas, 291 ficaram feridas, 129.279 estão desalojadas e, no total, 873.275 foram afetadas. Vídeos mostram como ficaram cidades gaúchas após as enchentes sem precedentes.
O nível do rio Guaíba estava em 5,26 metros, às 11h de hoje, atualização mais recente. Desde a semana passada, o Guaíba ultrapassou o recorde da maior cheia registrada até então -o nível de 4,76 metros, em 1941, quando inundou grande parte do centro da capital gaúcha. O limite para inundações é de 3 metros, uma referência que indica possíveis danos aos municípios.
A cheia que inunda Porto Alegre ainda levará dias para retornar a patamares seguros. ”No Guaíba, teremos uma retenção durante toda a semana, vai variar de 5,3 m a 5,5 m, mas com estabilidade”, explicou o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista à GloboNews.
Prefeito da capital aconselha pessoas a irem para cidades litorâneas. Sebastião Melo (MDB) sugeriu que moradores que tenham casa no litoral deixem a capital em direção às praias, que não foram tão afetadas pelas chuvas quanto a região central do estado.
Redação / Folhapress