Na noite da última segunda-feira, 06, o Guarani entrou em campo para enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, repleto de questionamentos e preocupações, após mudanças intensas no Departamento de Futebol. Com as chegadas de Júnior Rocha no comando técnico, Marcelo Cordeiro como auxiliar fixo do clube e de Toninho Cecílio, que assumiu o cargo de executivo de futebol, esperava-se, ao menos, uma mudança de postura da equipe.
Durante os primeiros 30 minutos de partida, o Bugre se apresentou de forma honesta, com muita educação tática, levando perigo a equipe santista. No entanto, em mais uma das tantas falhas do goleiro Douglas Borges, o time da casa abriu o placar. A partir daí, o jogo acabou para o Guarani que, assim como um castelo de areia, se desmoronou. Com o psicológio visivelmente abalado, os atletas do Alviverde sucumbiram. Encerro o resumo da partida aqui, pois deste momento em diante, o Bugre deixou de existir. A equipe campineira foi derrotada por 4 a 1.
O Guarani tem apenas duas vitórias nos últimos 23 jogos e um elenco extremamente mal montado. A torcida já não nutre grandes esperanças, apesar de todas as mudanças no Departamento de Futebol. Falta mais Guarani dentro do próprio Guarani. Não se vê paixão naqueles que vestem a camisa. Jogadores pareceram aceitar, de forma pacífica, sem demonstrar brio, uma derrota vexatória. O abalo emocional do time diz mais sobre a forma que se encontram do que com um inconformismo com a goleada e com a situação atual do Bugre na Série B.
Sinto falta de um capitão de verdade. Um cara que consiga mostrar para seus companheiros o que é ser Guarani, que os transforme em torcedores dentro de campo. Para um clube que já teve, em sua história recente, atletas identificados como Fumagalli, Fabinho, Lucas Crispim e Régis, faltam jogadores que chamem a responsabilidade e que incorporem o ‘espírito bugrino’.
O Alviverde campineiro segue o roteiro de rebaixamento com três derrotas em três jogos, de forma apática, tirando a esperança de quem, verdadeiramente, é Guarani.