O advogado de Marcelo Carrião, ex-apresentador de TV e jornalista, preso em fevereiro durante a Operação Domo de Ferro I, por ser acusado de tráfico de drogas, teria ido pessoalmente ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) no último dia 19, explicar o pedido de habeas corpus feito pela defesa em terceira instância.
Por uma questão técnica, porém, o pedido foi negado novamente. As autoridades entendem que, neste caso, é necessário solicitar um recurso ordinário constitucional, que é usado para reavaliar uma prisão preventiva. Este documento já foi novamente apresentado pela defesa, que aguarda a decisão do processo.
Entre as justificativas do advogado de Marcelo, estão que o cliente é réu primário, morava há mais de 20 anos na mesma residência, e exercia a profissão de jornalista há 30 anos. O suspeito é casado e tem três filhos. Ainda de acordo com a defesa, as drogas encontradas na casa do jornalista eram para consumo próprio.
Outros oito suspeitos foram presos quando a operação foi deflagrada. As prisões ocorreram nos bairros Vila Mathias, Aparecida, Vila Belmiro, Gonzaga, Marapé e Estuário. Também houve buscas no Embaré, Cidade Náutica e Ponta da Praia.
Durante a operação foram apreendidas mais de 4 mil porções de drogas, como maconha, haxixe, skunk e LSD. Além das drogas, foi apreendida uma pistola 9mm, diversos celulares e R$ 50 mil reais.
Durante os dias em regime fechado, Marcelo Carrião já apresentou problemas de saúde. O réu estava com uma grave infecção e fortes dores na perna direita, na altura do joelho, devido suposta picada de aranha. No dia 18 de março, o preso foi conduzido ao Pronto Socorro da cidade.