BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) registra, até o momento, um impacto das chuvas em 61,4 mil habitações no Rio Grande do Sul, sendo 55,2 mil danificadas e 6.200 destruídas.
Atualizado nesta quarta-feira (8), o levantamento da CNM indica R$ 6,3 bilhões de prejuízos financeiros, sendo o maior montante, de R$ 3,4 bilhões, referente aos danos em habitações.
A entidade acompanha diariamente a situação e pondera que os dados são parciais, uma vez que as prefeituras ainda contabilizam os danos provocados pelos temporais e enfrentam dificuldades de inserir as informações nos sistemas que reúnem esses dados.
Desde o dia 29 abril, as tempestades quem assolam o Rio Grande do Sul afetaram, segundo a CNM, 417 municípios –336 foram reconhecidos pelos governos estadual e federal em estado de calamidade pública. O estado tem 497 municípios no total.
A entidade tem cobrado mais apoio financeiro do governo federal aos municípios atingidos. Segundo a CNM, os prejuízos gerados por ocasião das enchentes de setembro do ano passado no estado chegaram a R$ 3 bilhões, mas o governo federal repassou ao estado apenas R$ 81 milhões.
Nos últimos dias, o governo federal tem divulgado medidas de apoio. Anunciou a liberação imediata de R$ 580 milhões em emendas parlamentares individuais com aplicação direta em 448 municípios. O dinheiro deve usado pelos ministérios da Saúde, Cidades, Integração e Desenvolvimento Regional, Agricultura e Pecuária, Educação, Justiça e Segurança Pública e Esporte.
PREJUÍZOS ESTIMADOS PELA CNM
Principais setores privados afetados:
Agricultura: R$ 594,6 milhões em prejuízos
Pecuária: R$ 147,7 milhões em prejuízos
Indústria: R$ 183,3 milhões em prejuízos
Comércios locais: R$ 38,5 milhões em prejuízos
Demais serviços: R$ 58,2 milhões
Principais setores públicos afetados:
Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras): R$ 351 milhões em prejuízos
Obras de infraestrutura (pontes, estradas, calçamento, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,4 bilhão em prejuízos
Sistema de transportes: R$ 39,8 milhões em prejuízos
Assistência médica emergencial: R$ 7,4 milhões em prejuízos
Sistema de esgotamento sanitário: R$ 11,6 milhões em prejuízos
Limpeza Urbana e remoção de escombros: R$ 33,2 milhões em prejuízos
Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 4,4 milhões em prejuízos
Sistema de ensino: R$ 2,9 milhões em prejuízos
Abastecimento de água: R$ 10,5 milhões em prejuízos
Redação / Folhapress