A morte do menino Gustavo Henrique Cardoso, 7 anos, marcou toda a cidade de Vinhedo durante a semana. Os suspeitos são o pai e a madrasta. Após a tragédia, a Câmara de Vereadores apresentou nesta quarta-feira, 8, um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a conduta do Conselho Tutelar.
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O caso
Gustavo Henrique foi encontrado morto na última segunda-feira, 6, dentro da própria casa no bairro Capela, em Vinhedo. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Denise Margarido, a causa da morte foi espancamento. “O que nos chamou muita atenção foi quando a perita chegou ao local e declarou aos investigadores que a criança tinha lesões de amarração no braço, lesões na perna, lesões nas costas e que estava sendo torturada há muito tempo“, relatou ela.
De acordo com uma tia materna, Gustavo morava desde novembro do ano passado com a madrasta e o pai. Ela, que cuidou da criança nos anos anteriores, relatou que não queria que ele tivesse proximidade com a figura paterna, já que o homem havia acabado de sair do presídio. No entanto, se mudar de casa foi um pedido do próprio garoto.
Segundo o Conselho Tutelar de Vinhedo, logo que o garoto se mudou para a casa do pai, uma denúncia anônima de maus tratos foi registrada. À procura de informações, os agentes foram até a escola que ele frequentava, mas não houve relato algum de indício de maus tratos ou negligência.
À nossa equipe, testemunhas relataram que a diretora da instituição tem vínculo familiar com o pai da criança. Ao ser questionada sobre o parentesco, ela respondeu “depende do ponto de vista do que é parente, né?”.