SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Municípios do Rio Grande do Sul já somam R$ 7,5 bilhões em prejuízos causados pelas enchentes que atingem o estado desde o fim de abril. O levantamento é da CNM (Confederação Nacional de Municípios), divulgado na quinta-feira (9).
Desse total, R$ 2 bilhões são no setor público, e R$ 1,1 bilhão no privado. O levantamento ainda mostra que a maioria dos estragos atingiu o setor habitacional, com impacto de R$ 4,4 bilhões.
CNM diz que 85,3 mil casas foram danificadas ou destruídas durante o desastre. A entidade ressalta que os dados são parciais e serão atualizados à medida que que o nível da água abaixe e as prefeituras consigam analisar mais detalhadamente o prejuízo.
Agricultura foi o setor privado mais afetado com R$ 811 milhões, segundo o levantamento. Pecuária sofreu até o momento R$ 63 milhões em prejuízos; indústria, R$ 151,7 milhões; comércios locais, R$ 108,1 milhões; e demais serviços registraram R$ 12,6 milhões em prejuízo.
Já no setor público, a CNM aponta que obras de infraestrutura registraram o maior prejuízo, com R$ 1,4 bilhão. Danos materiais, como escolas e hospitais, sofreram R$ 395,8 milhões de prejuízo; transportes, R$ 52,5 milhões; assistência médica emergencial, R$ 13,2 milhões; sistema de esgotamento sanitário, R$ 15,8 milhões; limpeza Urbana e remoção de escombros, R$ 31,5 milhões; geração e distribuição de energia elétrica registrou R$ 4,5 milhões em prejuízos; sistema de ensino, R$ 14,5 milhões; e abastecimento de água, R$ 10,5 milhões.
CHUVAS DEIXARAM MAIS DE 100 MORTOS NO RS
Há 116 óbitos e 756 feridos no estado, segundo a Defesa Civil. O órgão ainda investiga se uma morte registrada durante o período das chuvas tem relação com as enchentes.
Desalojados e desabrigados somam mais de 400 mil. Há 337.346 pessoas fora de casa e outras 70.772 em abrigos, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil às 12h desta sexta-feira (10).
Dos 497 municípios do estado, 437 foram afetados pelas chuvas, que atingem 1,9 milhão de pessoas. Há pelo menos 163 mil casas sem energia elétrica e outras 385 mil pessoas sem água em casa.
Redação / Folhapress