Desafios da maternidade: Programa de acolhimento às mães vicentinas prioriza rede de apoio e acompanhamento terapêutico

Acolhe Mãe é um dos projetos do Fundo Social de São Vicente; atendimento é disponível a todas as mães da Cidade

Desde a sua concepção em 2021, o Acolhe Mãe (programa de rede de apoio às mamães vicentinas) vem resgatando a autoestima de diversas mulheres através da escuta e cuidado. Muitas vezes a gestação representa um momento especial. Em outras situações, no entanto, essa fase pode vir acompanhada de inseguranças e medo. Foi pensando nesse perfil de mulher que a iniciativa idealizada pela presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Vicente, Thaynã Carneiro, passou a acolher as mães da cidade com um time de profissionais capacitados. 

Alessandra de Almeida é psicóloga há mais de 20 anos, e hoje está na linha de frente do projeto junto à Thaynã. Como coordenadora do programa, Alessandra trabalha na orientação dos acompanhamentos divididos em dois momentos: a gestação e o puerpério. Muitas mães compartilham das mesmas queixas durante o pós-parto. Por isso, o atendimento é feito em grupo, para que exista uma troca de experiências. 

“Às vezes, uma mãe de primeira viagem diz que escuta o bebê chorar enquanto toma banho. Mas no encontro outra mãe diz que também escuta. Ou seja, naquele momento, todo mundo descobre que isso é algo normal. A mãe então percebe que não é só ela que está passando por isso”, explica a coordenadora.

Para Alessandra, o projeto tem um significado ainda maior. Mãe solo aos 21 anos, para ela, atender essas mulheres hoje é resgatar e construir um processo de amor, que às vezes pode não ser natural para uma mãe de primeira viagem com uma gravidez não desejada. “Algumas mães chegam aqui e choram, porque se sentem culpadas por não quererem essa gestação. Mas está tudo bem. Eu passei por essa construção do amor. Eu estudava em período integral e trabalhava à noite durante a gestação, e pensava ‘o que eu vou fazer agora?’. Então eu sei que é possível, porque senti isso na pele”, compartilha a psicóloga. 

Com mais de 200 mães contempladas, o projeto é motivo de muita alegria e orgulho para Alessandra. “O Acolhe me tornou uma pessoa muito mais sensível. Eu nunca pensei em trabalhar com gestantes. O meu olhar para a mulher, em sua integralidade, se tornou muito mais sensível também. Eu sou muito grata ao convite da Thaynã. Isso me transformou positivamente como ser humano e psicóloga”.

O Acolhe Mãe também conta com uma extensão que atende as mães atípicas da região. O projeto ainda está na fase piloto e tem como objetivo dar todo o suporte emocional necessário às mães com filhos diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), uma demanda que vem crescendo nas salas de atendimento psicológico.

“O Acolhe Mãe vem para prestar assistência às mulheres que estão passando por essa fase. Ter um projeto como esse, que escuta as mulheres, dá um suporte emocional a elas, Muitas vezes é o que mais precisam” acrescentou Michelle Santos, Secretária da Saúde  

Como aderir – O programa está disponível tanto na região Insular, na UBS Central (Avenida Antônio Emmerich, 509 – Vila Mello), quanto na Área Continental, na Unidade da Saúde da Mulher (Rua Salvador, 60 – Vila Ponte Nova). A gestante que deseja cadastrar-se no programa tem como opção a ida até a UBS mais próxima de sua residência ou realizar o cadastro via link.

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