Gabrielli Silva, 24, confirmou a morte da filha Agnes da Silva Vicente, de sete meses, que estava desaparecida desde o sábado (5) quando o barco em que estava virou e ela foi levada para enxurrada, na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul. A bebê estava com a mãe, a irmã gêmea Ágata e outros dois irmãos.
Ao todo, 14 pessoas estavam na embarcação de resgate no momento do incidente. A criança desapareceu e era procurada desde então. O drama comoveu quem acompanha a situação das pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul e milhares passaram divulgar o caso nas redes sociais.
A mãe confirmou a morte da criança neste domingo (12) em uma publicação no Instagram, onde acumula mais de 217 mil seguidores, que buscavam informações da criança desaparecida.
Silva postou uma foto da filha Ágata vestindo um macacão e ao lado colocou um macacão igual representando a ausência de Agnes.
“Infelizmente a história não acabou como queria, agora este vazio da foto vai ser eterno, agora a saudade e a lembrança vai fazer morada. Agora eu não tenho uma palavra que possa descrever a minha dor porque como vou viver faltando uma peça no meu quebra-cabeça?! A minha miss simpatia agora vc está no céu sorrindo para Deus no colinho dele”, escreveu na publicação.
A mãe escreveu que sabe que não há culpados pelo que aconteceu, que todos estavam se disponibilizando para salvá-las.
“A nossa luta diária de cada segundo de angústia acabou e agora você pode descansar no colo de Deus minha vidinha. Minha taoooo sonhada Agnes a mamãe NUNCA JAMAIS vai deixar vc ser esquecida porque onde eu puder vou levar teu nome junto a Deus”, afirmou.
A mulher, porém, não explicou como o corpo da bebê foi encontrado ou de quem partiu a confirmação. Não há informações sobre velório e sepultamento.
“Te amo daqui a eternidade miss simpatia e perdoa a mamãe por não ter conseguido ter te pegado filha, perdoa a mamãe amor, me perdoa”, concluiu.
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul causaram a morte de mais de 140 pessoas e afetaram ao menos 2 milhões no estado.
As milhares de pessoas que tiveram de deixar suas casas estão em abrigos ou morando com parentes e amigos. Das 497 cidades gaúchas, 447 registraram danos em razão ads inundações.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress