Familiares e amigos se despedem de Apolinho em velório na sede do Flamengo

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, foi velado na tarde desta quinta-feira (16) na sede social do Flamengo, na Gávea. Ele morreu nesta quarta-feira (15) aos 87 anos.

Apolinho estava internado e tratava um câncer no fígado. A notícia da morte foi confirmada pela Rádio Tupi, onde ele trabalhava, durante a goleada do Flamengo sobre o Bolívar, no Maracanã.

Washington Rodrigues era um declarado e fanático torcedor do Flamengo. Porém, cativou todas as torcidas do Rio de Janeiro.

Ele começou a carreira na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes Rio de Janeiro. O radialista teve passagens ainda pela Rádio Nacional, Rádio Globo e Rádio Tupi, onde estava desde 1999.

DIRIGENTES E EX-JOGADORES

O velório foi aberto ao público. Familiares, amigos e fãs acompanharam a despedida de Apolinho.

O narrador José Carlos Araújo, o Garotinho, foi à sede do Flamengo. Os ex-jogadores Evaristo de Macedo, Gerson, o Canhotnha de Ouro, de Bebeto também compareceram.

Klber Leite, presidente do Flamengo que chamou Apolinho pra ser treinador, foi se despedir.

Diversas coroas de flores foram enviadas, inclusive do próprio Flamengo. O presidente Rodolfo Landim afirmou que o clube gostaria de ter feito uma homenagem ainda ao final do jogo pela Libertadores.

“Vamos pensar em mais uma forma de homenagear. Ontem [durante o jogo com o Bolívar] a gente queria ter feito uma ação após o jogo, mas era data da Conmebol e tem uma série de restrições. Ficamos chateados de não poder fazer uma homenagem com a nossa torcida presente”, disse Landim.

Alguns torcedores do Flamengo estiveram na sede para prestar homenagens. O clube também recebeu uma torcedora do Vasco e outra do Fluminense com as camisas dos respectivos clubes. Normalmente não se pode entrar na Gávea com uniformes de outras equipes, mas foi aberta uma exceção.

LIGAÇÃO COM O FLAMENGO

A passagem mais marcante com o clube de coração foi quando assumiu o comando do time. Em 1995, no ano do centenário do Rubro-Negro, ele foi convidado para substituir Edinho à beira do gramado. Aceitou e teve o técnico Arthur Bernardes como auxiliar.

Apolinho colocou uma TV no banco de reservas para acompanhar os jogos. “A vida inteira eu vi o futebol de cima. É uma coisa. Onde ficam os treinadores, não se tem a noção do conjunto. Eu, ao menos, não conseguia enxergar. Então tive essa ideia”, explicou, em entrevista ao Museu da Pelada.

Ele ainda teria mais uma passagem pela Gávea. Em 1998, foi diretor-técnico do clube.

LUIZA SÁ / Folhapress

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