SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O GP da Emilia-Romagna da F1, realizado no domingo (19) no circuito de Ímola, na Itália, foi marcado por homenagens a Ayrton Senna. Foi nessa pista, o autódromo Enzo e Dino Ferrari, que o piloto brasileiro morreu, em 1994, em acidente que completou 30 anos no início deste mês.
Antes da corrida, Sebastian Vettel, guiou a McLaren MP4/8, carro usado por Senna em sua última temporada na escuderia britânica, em 1993. O alemão usava um capacete estilizado em referência ao conhecido acessório do tricampeão mundial.
O macacão e a balaclava tinham estampas semelhantes. E Vettel dirigiu o monoposto carregando uma bandeira do Brasil -exibiu também uma da Áustria, em referência a Roland Ratzenberger, outro piloto que morreu há três décadas, no mesmo circuito.
Ovacionado pelo público em Ímola, Vettel fez manobras performáticas com o carro depois de ter cruzado a reta final. Ele ainda visitou o espaço do complexo do autódromo onde está uma estátua em tributo a Ayrton, que virou um ponto turístico da cidade.
“Foi um momento incrível. Estar aqui, 30 anos depois, guiando o carro, lembrando Ayrton e também Roland, é muito emocionante. Quando peguei a bandeira, a galera explodiu. Muitas emoções. Foi muito especial, um dos momentos mais emocionantes que já tive atrás de um volante”, afirmou o tetracampeão mundial.
Vettel, que deixou a F1 em 2022, participou de outras ações da programação do GP da Emilia-Romagna em memória de Senna e Ratzenberger. Na quinta-feira (16), houve uma corrida a pé pela pista, na qual boa parte dos pilotos atuais do grid estiveram com capacetes nas cores do de Senna e munhequeiras nas cores da bandeira austríaca.
Na ocasião, chamou a atenção o fato de o holandês Max Verstappen não ter vestido a camiseta criada pelo Instituto Ayrton Senna para a ocasião. Surgiram versões conflitantes para justificar a imagem, na qual o atual tricampeão mundial ajuda a segurar a bandeira do Brasil, mas ficou claro que foi uma opção dele não se juntar aos demais com a roupa.
Verstappen é genro do brasileiro Nelson Piquet, também tricampeão mundial, rival histórico de Senna. E igualou justamente no GP da Emilia-Romagna um recorde de Ayrton na F1: oito “pole positions” consecutivas. “Eu me sinto errado. De certa forma, é um jeito de homenageá-lo.”
Redação / Folhapress