Haddad defende cota para importação de aço e diz que consumo vai crescer

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira (20) a decisão do governo federal de estabelecer uma cota para a importação de 11 tipos de aço para impedir o que descreveu como “concorrência desleal”.

Haddad afirmou, ainda, que o chamado “aço verde” deve ser o carro-chefe para a abertura de mercados internacionais para o país.

O ministro participou de evento no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), outros ministros e representantes da indústria do aço. Na ocasião, os empresários anunciaram investimentos de R$ 100 bilhões.

O anúncio veio como uma contrapartida à decisão do governo de criar a cota de importação.

No mês passado, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior decidiu elevar para 25% o imposto de importação de 11 produtos de aço e estabelecer cotas de volume de importação para esses produtos –de maneira que a tarifa só sofrerá aumento quando as cotas forem ultrapassadas.

“O Mdic [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços] foi muito bem em eliminar concorrência desleal”, afirmou o ministro.

Haddad afirmou na sequência que o consumo de aço atualmente está num “patamar inaceitável” e que prevê crescimento para os próximos meses.

O ministro da Fazenda também disse que o Brasil deveria focar a produção verde, para buscar a abertura de novos mercados no exterior.

O chefe da equipe econômica elencou, ainda, uma série de problemas que foram herdados do governo Jair Bolsonaro (PL), citando especificamente o que chamou de “calote dos precatórios” e a redução de tributos sobre combustíveis às vésperas das eleições presidenciais de 2022.

Haddad disse para o presidente Lula que o “destino caprichou com o senhor”, dando “tarefas muito difíceis para um chefe de Estado enfrentar”, citando a tragédia climática no Rio Grande do Sul.

O ministro aproveitou para criticar quem não tem otimismo em relação à situação econômica do Brasil, citando as melhoras do país nas classificações de agências de risco. “Tem aí a turma que mesmo com três agências de risco [melhorando a perspectiva], tem brasileiro aí dizendo que elas estão erradas”, afirmou.

RENATO MACHADO / Folhapress

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