SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Fã de “Dom”, Polliana Aleixo diz que ser chamada para participar da reta final da série -a terceira e última temporada estreia na sexta-feira (24) no Prime Video- foi a realização de um sonho. Nos novos episódios, ela surgirá como a sensual Kelly, que se envolve com o líder criminoso Pedro Dom (Gabriel Leone) em troca de segurança, proteção e poder.
“Quando fui convidada, passou um filme na minha cabeça”, lembra a atriz, em entrevista à reportagem. “Fiquei encantada porque adoro histórias verídicas. Esse é um projeto ousado, tem potencial de exportação, tem todos os elementos que as pessoas gostam”, avalia.
Para viver Kelly, que abusa da voluptuosidade para conseguir o que quer, Polliana apostou em aulas de dança stiletto, gênero em que se dança de salto alto e fino. “O corpo é uma arma para ela. Dentro do contexto que a cerca, é o que ela tem para conquistar o que deseja: conforto, proteção e poder. Ela tem a oportunidade de estar ao lado do dono da Rocinha, com todo o privilégio e segurança”, diz.
“Percebi que precisava encontrar essa potência no corpo. É uma sensualidade explícita, uma liberdade com o corpo, ao mesmo tempo, confortável”, descreve. “Precisava ter essas sensações em mim, me sentir poderosa para conseguir traduzir isso para a realidade dela.”
MEMÓRIA DE BRENO SILVEIRA
Morto em 2022 aos 58 anos, o idealizador e diretor de “Dom”, Breno Silveira, permaneceu nos corações de todo o elenco e equipe que levaram o projeto adiante, conta a atriz. “É uma temporada com um sabor diferente porque tivemos a perda do Breno. Esse projeto tem um carinho, um coração da equipe toda, tem muitos sonhos envolvidos”, afirma Polliana.
“No set, a gente sentia a presença dele. Vai ser importante concluir isso com tanto amor e carinho. Pudemos concluir algo que a gente sabe a importância que tinha para ele. Só que sem ele. Foi uma coisa bonita de ver’, diz.
Polliana, que recentemente viveu Patricia Abravanel no cinema em “Silvio Santos – O Sequestro”, conta que tem uma inclinação para papéis biográficos. “Gosto muito de preparações históricas. Estamos falando de uma história que aconteceu, então gosto de estudar como estava o país politicamente na época, como era viver na periferia naquela época”, conta, voltando a falar de “Dom”. “Fiz um estudo histórico e reassisti bastante as [duas primeiras] temporadas”, relata.
Aos 11 anos, Polliana estreou na novela “Beleza Pura”. Ficou na Globo até os 18, quando começaram a aparecer os projetos para cinema e streaming. A transição de carreira coincidiu com a transição de atriz-mirim para atriz adulta.
“Brinco que sou da época dos dinossauros na TV. Naquela época só tinha novela para a gente fazer. Quando os primeiros streamings começaram a vir e o cinema ganhou mais espaço, foi um movimento natural para mim querer explorar essas outras possibilidades de trabalho”, diz.
Hoje com 28 anos, Polliana se vê mais como atriz de séries e filmes, mas não descarta uma volta às novelas. “Acho que sou atriz porque tenho muita sede de vida. Quero viver todas as vidas que eu puder”, afirma.
ANAHI MARTINHO / Folhapress