PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – A Arena do Grêmio segue com vários pontos de alagamento até esta terça-feira (21), porém o gramado do estádio começa a aparecer com o recuo das águas do Guaíba. O cenário mostra a destruição deixada pelo efeito do clima.
A água chegou até a altura das cadeiras do estádio gremista, tomando toda parte inferior do local. O campo ainda está submerso nas laterais, mas o centro começa a secar.
A demora no recuo da enchente aconteceu em razão do desligamento das casas de bombas, como explicou à reportagem o hidrólogo Fernando Dornelles. Além disso, o Guaíba é mais alto nesta área do que na região do Beira-Rio.
Os bancos de reserva foram arrancados pela força da água e pararam no meio de campo. O verde do gramado deu lugar a uma tonalidade amarelada.
Espaços de estacionamento, zona mista, vestiários e salas da Arena ainda têm água. O Grêmio e a administradora do estádio, a Arena Porto-Alegrense, dependem do recuo para iniciar os trabalhos de limpeza.
O entorno do estádio segue em situação complicada, apesar da água ter recuado bastante nos últimos dias. O que fica após a enchente é a destruição de casas e comércios no entorno, com sinais de arrombamentos, produtos espalhados e animais mortos.
A maioria dos espaços nos arredores da Arena são possíveis de serem acessados apenas de barco. A tendência é que nos próximos dias a situação melhore e torne viável o deslocamento sem embarcação.
Nesta terça, durante o lançamento de uma campanha solidária para auxílio aos atingidos pela enchente, presidentes de Internacional e Grêmio consideraram a possibilidade de compartilhar estruturas.
O Grêmio terá condições de recuperar seu Centro de Treinamentos mais rápido do que o Colorado, enquanto o Inter deve ter o Beira-Rio à disposição antes do estádio gremista.
MARINHO SALDANHA / Folhapress