SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um filhote de serpente Naja desapareceu do Instituto Butantan, em São Paulo, há três semanas. O animal estava no Laboratório de Herpetologia.
O réptil tem o nome de Naja kaouthia ou Naja de monóculo. A espécie é originária da Ásia e é venenosa.
O laboratório, de acordo com o instituto, fica distante do Parque da Ciência e de seus museus, que são acessados por visitantes.
“Não houve fuga do filhote de cobra na área de visitação pública. O laboratório é frequentado apenas por profissionais e pesquisadores”, destacou o Butantan.
O instituto afirmou que tem um plano de contingência para esses casos, que foi acionado e está atuando, inclusive com uma apuração interna em andamento.
O local tem câmeras, que foram checadas, mas não houve sinal dela fora do laboratório.
Há a hipótese de que a Naja tenha entrado no ralo interno do laboratório e morrido nos encanamentos. Foram colocadas armadilhas no entorno, sem sucesso.
O Butantan ressaltou que possui soro contra o veneno da serpente.
Segundo o site do instituto, a Naja de monóculo é encontrada no sul da Ásia, em países como China, Índia, Tailândia e Vietnã, e vive em florestas tropicais ou áreas semidesérticas. Ela é mais conhecida na cultura popular por ser usada pelos encantadores de serpentes.
Essa Naja é uma serpente peçonhenta da família Elapidae, a mesma das corais-verdadeiras, e tem dentes inoculadores de veneno na parte anterior da boca. Ela se alimenta de pequenos roedores, anfíbios, aves, lagartos, peixes e até outras cobras. Seu veneno atinge o sistema nervoso e paralisa alguns músculos.
A Naja de monóculo ganhou esse apelido por conta do desenho que carrega na parte de trás da cabeça, parecido com uma lente de óculos. Elas também são conhecidas por formar uma espécie de capa ao lado da cabeça quando prestes a atacar, chamada oficialmente de capelo. Segundo o Butantan, é um mecanismo de defesa usado pelo animal para parecer maior.
O INSTITUTO
O Instituto Butantan é o maior produtor de vacinas e soros da América Latina e o principal produtor de imunobiológicos do Brasil. É responsável pela maioria dos soros hiperimunes utilizados no Brasil contra venenos de animais peçonhentos, toxinas bacterianas e o vírus da raiva.
Redação / Folhapress