Justiça de Mirandópolis decreta prisão de dona de hotel por tráfico de drogas em Araçatuba

A Justiça de Mirandópolis (SP) decretou a prisão preventiva de duas mulheres investigadas pela Polícia Civil na “Operação Hospedagem,” deflagrada pela Polícia Civil de Lavínia em outubro do ano passado contra um esquema de tráfico de drogas na região de Araçatuba.

Uma das mulheres, de 56 anos, é proprietária de um hotel em Lavínia e é considerada líder de uma associação criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo o Ministério Público, ela foi denunciada por extorsão e tráfico de drogas.

A investigação revelou que ela utilizava o estabelecimento para aliciar vendedores de entorpecentes no município, que abriga quatro unidades prisionais da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).

A denúncia, apresentada pelo promotor de Justiça João Cozac, alega que a dona do hotel oferecia hospedagem gratuita a visitantes de presos em troca de transporte de drogas da capital, ajuda no preparo e armazenamento das substâncias, e introdução das drogas nas prisões locais.

Os visitantes, com as drogas escondidas nas roupas ou no corpo, repassavam as substâncias para comercialização entre os presos no sistema prisional.

O delegado Thiago Rodrigues Barroca, que coordenou a operação deflagrada em 26 de outubro do ano passado, explicou que foram necessários quatro meses de investigação para reunir indícios suficientes de que a dona do hotel estava aliciando terceiros para o tráfico de drogas.

Durante a operação, que contou com o apoio de equipes da Delegacia de Mirandópolis, do GOE/Seccold/Deic (Grupo de Operações Especiais e do Setor de Combate ao Crime Organizado da Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba, e da Polícia Militar, a proprietária do hotel e outras quatro pessoas foram presas.

Entre os presos estava um homem de 46 anos, residente no bairro Jardim Sumaré, em Araçatuba. Com ele foram apreendidos mais de 2,2 quilos de maconha, 673 gramas de cocaína, e R$ 17,5 mil em dinheiro. Ele é apontado como fornecedor dos entorpecentes comercializados pela organização criminosa. Uma moto Honda CB500 também foi apreendida com ele.

Das quatro mulheres presas em flagrante em Lavínia durante os mandados judiciais de busca, duas tiveram a prisão preventiva decretada logo após o flagrante e foram encaminhadas para a unidade prisional de Tupi Paulista.

Em maio, ao receber a denúncia, a Justiça decretou a prisão preventiva da dona do hotel e de outra mulher. Atualmente, seis pessoas estão presas em decorrência desta investigação.

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