Campinas confirmou mais sete mortes por dengue, totalizando 30 óbitos em 2024 pela doença. Até agora o município contabiliza 95.690 casos confirmados e realiza o 17º mutirão de combate ao mosquito transmissor neste sábado, 25.
Os óbitos foram entre 2 de abril e 4 de maio e a partir de agora a Secretaria de Saúde não irá mais informar os sorotipos. Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben, “O desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e fatores individuais do paciente, não estando relacionado com o sorotipo do caso. A informação vinha causando dúvidas na população, que estava relacionando a variação do vírus à gravidade dos casos.”
17º Mutirão de combate ao Aedes Aegypti:
O 17º mutirão municipal de 2024 para prevenção e combate à dengue. A ação começa às 8h e a Pasta definiu quatro bairros que devem ter imóveis visitados por agentes de saúde e voluntários: Centro, Cambuí, Bosque e Ponte Preta.
O ponto de encontro das equipes participantes é o Centro de Educação Infantil (CEI) Prefeito José Pires Neto. Que fica na rua Joaquim de Paula Souza, 125, no Jardim Proença.
Serão reunidos cerca de 150 voluntários e agentes da Saúde, incluindo os trabalhadores da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Os integrantes dela vestem camiseta laranja com logo da empresa e calça cinza, enquanto os líderes das equipes usam camiseta verde com as mesmas características. Todos estão identificados com crachá, mas, em caso de dúvidas sobre a ação, os moradores podem pedir informações pelo telefone 199, da Defesa Civil.
A Administração repete a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. O balanço desta nova ação deve ser divulgado na segunda-feira, 27 de maio.
A melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
Estatísticas das secretarias municipal e estadual de Saúde mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão nas residências. Portanto, o enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre Poder Público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.
O mutirão é multisetorial e conta com apoio de profissionais das secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e Trabalho e Renda, além da Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec. O balanço das ações deve ser divulgado na segunda, 27.
A cidade está em epidemia, declarou situação de emergência em 7 de março, e o alerta sobre risco de transmissão da doença vale para todas as regiões da cidade.
A epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas apesar da série de esforços da Administração para combater a doença e aprimorar a assistência em saúde: a circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história, e condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor registradas desde outubro.
Orientações sobre assistência
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.