SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As aulas nas redes públicas municipal e estadual, e também nas escolas privadas, foram suspensas em Porto Alegre nesta segunda (27) e terça-feira (28) por causa da previsão da volta de chuvas fortes na capital gaúcha.
Em alerta emitido neste domingo (26), a Defesa Civil de Porto Alegre afirmou que a previsão é de chuvas intensas (entre 50 mm e 100 mm por dia) e ventos fortes (entre 60 km/h 100 km/h) nestes dois dias.
O órgão municipal fez o alerta a partir de previsões do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Na quinta-feira (23), por causa da volta da chuva, as aulas já haviam sido suspensas até sexta (24) em Porto Alegre.
Na rede social X (antigo Twitter), o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB), afirmou que a medida de novamente suspender as aulas é preventiva, “pois não é possível ter certeza sobre horário de concentração das intempéries”.
Em seu alerta, a Defesa Civil disse que a chuva é prevista para começar já na madrugada desta segunda-feira.
Segundo o governo do Rio Grande do Sul, 12% dos estudantes de escolas estaduais pouco mais de 91 mil alunos seguem sem previsão de retorno às aulas após as fortes chuvas.
Dos 781 mil alunos matriculados na rede, 500 mil (67%) já retornaram às unidades de ensino. Outros 155 mil (21%) deveriam voltar a partir desta segunda.
No total, 2.340 escolas de 250 municípios foram fechadas nas últimas semanas. Delas, 1.752 (75%) reabriram. Algumas servem de abrigo, dificultando a realização de aulas.
A chuva retornou à região metropolitana de Porto Alegre na quinta-feira e fez os moradores reviverem o caos da grande enchente do lago Guaíba, que atingiu o nível de 5,33 m no último dia 2, superando o recorde de 4,76 m de 1941. Desde então, as águas estavam baixando lenta, mas constantemente. Entretanto, voltaram a subir.
O nível do Guaíba chegou a 4,06 metros às 15h15 deste domingo no cais Mauá (dez horas antes o nível estava em 4,13 metros).
A previsão indica cheia duradoura, com manutenção dos níveis elevados nos próximos dias, segundo o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
O cenário mostra que os níveis devem oscilar em torno da marca dos 4 m e devem ocorrer elevações em consequência dos ventos e chuvas previstos para a próxima semana.
A capital do Rio Grande do Sul registra o maior volume de chuva para um mês, ao menos desde 1916, quando começaram as medições. A informação é da Defesa Civil gaúcha a partir de dados do Inmet.
De acordo com o órgão municipal, até sexta-feira (24), a cidade acumulou o volume de 486,7 mm de chuva no mês. A marca supera os 447,3 mm de setembro do ano passado, quando o Rio Grande do Sul também foi castigado por temporais.
Redação / Folhapress