Gestante de Caraguatatuba é diagnosticada com a síndrome Guillain Barré

Gestante de Caraguatatuba é diagnosticada com a síndrome Guillain Barré
(Foto: Alesp)

Uma mulher grávida, moradora de Caraguatatuba, foi diagnosticada com a síndrome Guillain Barré na semana passada. No distúrbio autoimune raro, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.

Segundo a Prefeitura, o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado assim que foram informados da situação e imediatamente a paciente foi internada na Casa de Saúde Stella Maris com apoio da UTI Adulta e UTI Neonatal.

Logo após sua internação, ela foi inserida no sistema CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços da Saúde), gerido pelo Estado, para transferência para um hospital especializado no tratamento da síndrome.

No sábado (25), a gestante teve a vaga liberada e foi transferida para um hospital referência em neurologia e obstetrícia, em Campinas, o Hospital da Mulher Professor Dr. J. A. Pinotti-Caism, da Unicamp (Universidade de Campinas).

A Prefeitura informou ainda que a mãe da paciente recebeu todas as informações da Secretaria de Saúde diariamente sobre os procedimentos, atendimentos e estado de saúde da gestante. Mesmo internada em Campinas, o município de Caraguatatuba se comprometeu a acompanhar o caso e dar o suporte necessário para o tratamento da paciente.

Síndrome de Guillain Barré

De acordo com o Ministério da Saúde, a Síndrome de Guillain Barré geralmente provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos. Algumas infecções encontradas na literatura cientifica que podem desencadear essa doença incluem Zika, dengue, chikungunya, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, sarampo, vírus de influenza A, Mycoplasma pneumoniae, enterovirus D68, hepatite A, B, C, HIV, entre outros.

O distúrbio é considerado uma doença rara, monitorada por meio do registro de internações e atendimentos hospitalares. O diagnóstico é dado por meio da análise do líquido cefalorraquidiano (líquor) e exame eletrofisiológico.

Relação da Síndrome de Guillain Barré com o Aedes Aegypti

As infecções por dengue, chikungunya e Zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, Síndrome de Guillain Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.

*Texto de Bianca Martins com supervisão de Julia Lopes

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