SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Dois brasileiros medalhistas em Campeonatos Mundiais recentes estão entre os novos desfalques dos Jogos Olímpicos de Paris. Wanderley Oliveira, o Shuga, não conseguiu a vaga no boxe. E Letícia Oro Melo operou o joelho. Eles se somam a Thiago Braz, suspenso por doping.
Shuga teve três chances de se classificar à Olimpíada. Medalhista de bronze no Mundial de 2023 na categoria até 71kg, ele perdeu logo na estreia do Pan de Santiago, no ano passado, para um equatoriano que acabou chegando à final e conquistando a vaga.
No primeiro Pré-Olímpico Mundial, na Itália, em março, foi eliminado pelo búlgaro Rami Kiwan, nas quartas de final. E, hoje, foi derrotado pelo polonês Damian Durkacz, nas oitavas do Pré-Olímpico da Tailândia. O torneio distribui cinco vagas por categoria nos Jogos Olímpicos.
Depois de ótima campanha no Pan, o Brasil só não se classificou a Paris no boxe masculino na categoria de Shuga e na logo abaixo, para atletas de até 63,5kg. Titular da seleção, Yuri Falcão, sobrinho de Esquiva e Yamaguchi, abandonou a equipe e ficou fora deste último Pré-Olímpico.
LETÍCIA ESTÁ MACHUCADA
Nesta quarta-feira, Letícia Oro Melo revelou que está com uma lesão no joelho direito, passou por cirurgia, e não seguirá tentando a vaga olímpica. A catarinense, que havia se mudado para Portugal para treinar com o técnico José Eduardo Sousa Uva nesta temporada, já não competia desde fevereiro, quando fez uma temporada indoor mediana no salto em distância.
Atleta de 26 anos, Letícia fez um bom salto no único torneio que disputou no Brasil em 2022, se classificou ao Mundial, acertou mais um bom salto nas eliminatórias, passou à final, e ali repetiu a dose. Conseguiu um salto de 6,89m e a medalha de bronze, resultado mais surpreendente do torneio.
No ano passado, novamente não teve bons resultados na temporada, mas conseguiu a vaga no Mundial depois de participar, a convite, de uma etapa da Diamond League. Na fase de classificação do Mundial, acertou de novo um bom salto e avançou para sua segunda final mundial, desta vez terminando em 12º lugar.
Por conta desse histórico de crescer na hora certa, Letícia era uma esperança de bons resultados em Paris, apesar de não estar na zona de classificação do ranking olímpico. Em Paris, no salto em distância, o Brasil tem Eliane Martins com a vaga encaminhada e Lissandra Campos por enquanto na zona de classificação, mas correndo sério risco de ser ultrapassada.
DEMÉTRIO VECCHIOLI / Folhapress