SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Em entrevista à agência EFE, nesta sexta-feira (31), uma das filhas do craque Diego Maradona, Giannina, 35, desabafou sobre a decisão da Justiça francesa de autorizar o leilão da Bola de Ouro de melhor jogador da Copa de 1986, conquistada pelo craque:
Em prêmio dado pela Fifa, Maradona conquistou a Bola de Ouro como melhor jogador da Copa do Mundo de 1986; O troféu foi roubado, segundo a família, após um assalto ao cofre do Banco della Provincia, em Nápoles, no ano de 1989;
A Bola de Ouro havia parado nas mãos do colecionador franco-argelino Abdelhamid B., que havia comprado-a em 2016, e a Justiça francesa deu ganho de causa ao comprador, que teria adquirido o item de boa fé, segundo sua defesa, em um leilão em Paris de segunda categoria.
O item foi adquirido por cerca de 1 euro em 2016, e é objeto de disputa entre a casa de leilões e a família de Diego, representada pelas filhas Dalma e Giannina, que foi entrevistada pela EFE, e disparou: “Por uma questão de justiça, e em memória do nosso pai, cabe a nós, herdeiros, reivindicar o que nos pertence. Foi violentamente roubado sem que ele pudesse desfrutar”.
O leilão está marcado para o dia 6 de junho, na casa Aguttes, sediada em Neuilly sur Seine, na grande Paris; O troféu está avaliado em 10 milhões de euros (cerca de R$ 56,9 mi), e seria o item esportivo a ser leiloado mais caro da história;
Entre a disputa judicial, o argumento da defesa da casa de leilões e de Abdelhamid, além da boa fé do mesmo, consiste em dizer que já tinha decorrido o período mínimo de três anos sem que ninguém da família Maradona reclamasse o objeto, o que faria com que o colecionador fosse o legítimo dono da Bola de Ouro.
Paralelamente ao fato, em processo independente ao dos herdeiros de Maradona, o Escritório Central de Tráfico de Bens Culturais da França investiga se houve crime de “ocultação de objeto furtado” por parte do colecionador.
“Tomamos conhecimento da resolução e estamos muito magoados com a memória do nosso pai. Recorremos da resolução e estamos muito confiantes de que a decisão será revertida, porque está provado que a Bola de Ouro do meu pai foi roubada, e que o roubo “era de domínio público”, disse à agência Gianinna Maradona, que tem mais quatro irmãos: Dalma (37 anos), Diego Junior (37 anos), Jana (28 anos) e Diego Fernando (11 anos).
Redação / Folhapress