SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Prestes a se apresentar na 28ª Parada do Orgulho LGBTQIA+, a Banda Uó diz que a alegria do evento é um ato político e uma forma de combater o conservadorismo.
“Alegria é a coisa mais política que uma pessoa pode fazer. É uma forma de celebrar a nossa existência, é uma forma de acender a chama da luta. Não tem como a gente lutar com depressão”, diz Mel Gonçalves, uma das integrantes do grupo. “A alegria é política. Afinal de contas, a gente luta para poder ser feliz”
Davi Sabbag faz coro a essa opinião. “A nossa luta é por direitos. Em 2024, a gente ainda enfrenta o conservadorismo”, diz ele, acrescentando ser importante haver instrumentos para fazer frente a essa onda conservadora. “E a Parada é um desses instrumentos. E uma forma de a gente celebrar e combater o extremismo.”
Uma das formas que a Parada encontrou de combater o conservadorismo foi convocar o público a ir com as cores da bandeira, símbolo que foi associado ao bolsonarismo.
O movimento foi influenciado por uma apresentação das cantoras Madonna e Pabllo Vittar na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante o show, realizado no começo de maio, as duas brandiram a bandeira do Brasil, inspirando membros da comunidade LGBTQIA+ a tirarem o verde e amarelo do armário.
“A gente está regatando o que é nosso”, diz Mateus Carrilho, um dos integrantes da Banda Uó. “Esse movimento é de extrema importância para a comunidade.”
MATHEUS ROCHA / Folhapress