SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A CEO da Fraport Brasil, concessionária que administra o Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, disse torcer para o local estar disponível para a volta dos voos à capital gaúcha até o fim do ano.
A afirmação de Andreea Pal foi feita após uma vistoria realizada nesta segunda-feira (4) ao aeroporto, com representantes do governo federal, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e de deputados gaúchos, para avaliar os estragos provocados no local, fechado há um mês por causa da inundação.
“Se os impactos forem menores do que os previstos inicialmente, vamos torcer para que o aeroporto esteja disponível para o final do ano”, afirmou Pal, em nota distribuída pela concessionária a jornalistas na tarde desta segunda. “Estamos fazendo a nossa parte, com diversas atividades já iniciadas”, disse.
O prazo até o fim do ano para a retomada das operações no Salgado Filho já havia sido informado pouco antes pelo deputado estadual Frederico Antunes (PP), que acompanhou vistoria ao local e preside a Frente Parlamentar de Aviação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
A expectativa anterior era de que os voos não seriam retomados antes de agosto.
Também participaram da vistoria o diretor-presidente da Anac, Tiago Sousa Pereira, o auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) Lucas Massahiro Kokubu, o secretário estadual da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, o chefe de gabinete do diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Anderson Lessa, e o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca.
O Salgado Filho está fechado por tempo indeterminado desde 3 de maio, quando a inundação do Guaíba chegou ao bairro Anchieta e, aos poucos, tomou conta da pista e do primeiro pavimento do prédio. A água já baixou na área interna, mas alguns pontos externos e ruas de acesso ainda estão alagados.
Segundo a empresa, com a diminuição da água acumulada no sítio aeroportuário, foi iniciado nesta segunda-feira o processo de limpeza da pista de pousos e decolagens.
Essa limpeza, explicou, consiste em uma ampla varredura em toda a extensão das pistas, taxiways e pátios de aeronaves para a retirada de entulhos e detritos.
“Em paralelo, foram iniciados os testes e sondagens para avaliação da resistência do solo, desde a compactação até a pavimentação, para que tecnicamente seja possível afirmar os impactos causados pelo acúmulo de água durante as últimas semanas”, disse a Fraport.
“Esse período de testes tem previsão de durar aproximadamente 45 dias, dependendo das condições climáticas. Estima-se que no início de julho seja possível detalhar as necessidades de intervenções na pista.”
Questionada sobre os prejuízos já calculados com a inundação, a empresa disse que ainda não tem uma confirmação do custo para os reparos, uma vez que os estudos de impacto não foram finalizados.
Segundo a Fraport, ainda não é possível detalhar o valor total do prejuízo causado pela inundação, nem quais equipamentos vão precisar de reparo ou substituição. Em visita ao aeroporto no dia 29, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), disse que toda a parte de esteiras do primeiro pavimento foi danificada pela água.
Redação / Folhapress