SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O mês de maio terminou com chuvas abaixo da média e temperaturas acima do esperado, o que o tornou o maio mais quente desde que o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo começou a registrar as temperaturas da capital paulista, em 2004.
De acordo com dados do CGE, a média da máxima esperada para o mês era de 23,5°C e a média da mínima, de 14,5°C. O mês registrou mínima média de 16,8°C e a média da máxima ficou em 26,5°C, ou seja, 2,3°C e 3°C respectivamente acima do esperado.
“A presença de um forte bloqueio atmosférico, massa de ar seco e quente, gerou muitos dias com tempo estável, ensolarado e sem chuva significativa, o que foi determinante para que as temperaturas permanecessem muito acima do normal”, explica o meteorologista do CGE Thomaz Garcia.
Com relação à umidade relativa do ar, a média na cidade ficou em 52,8%. O mais seco foi o dia 5, com média de umidade em 25,8%. Já a menor umidade absoluta, aquele valor registrado em um único local, ocorreu no mesmo dia na estação meteorológica de Cidade Ademar, na zona sul, com 20,2%.
“Os menores índices de umidade, inferiores a 30%, acompanharam as temperaturas mais elevadas que foram registradas logo no início de maio. Após semanas sem chuvas significativas, as precipitações que aconteceram na última semana favoreceram a queda da temperatura, a elevação dos índices de umidade e a melhora significativa da qualidade do ar”, comenta Garcia.
Com relação às chuvas, para maio eram esperados 55,3 mm e o registrado foi 46,8 mm, ou seja, 15,4% abaixo do esperado.
“A primeira quinzena de maio teve pouquíssima chuva, devido à presença de uma forte massa de ar seco. Somente entre os dias 24 e 27, a propagação de uma frente fria, e posteriormente uma área de baixa pressão, gerou chuva significativa, com até forte intensidade, o que minimizou momentaneamente a estiagem”, destacou Garcia.
Foram dez dias com registro de índice pluviométrico sendo o 27 o mais chuvoso com 27,8 mm. Historicamente, em maio são esperados 11 dias com chuva.
Para junho são esperados 49,5 mm, com mínima média em 13,4°C e máxima média em 22,9°C.
“Os modelos numéricos de previsão estendida indicam que o mês deve transcorrer com a neutralidade climática, ou seja, sem a interferência dos fenômenos El Niño e La Niña. As precipitações devem ficar abaixo da média e as temperaturas, acima do esperado”, finaliza o meteorologista.
Os recordes de temperatura ocorridos em maio
Mínimas:
Menor mínima média: 6,3°C dia 20/5/2022;
Maior mínima média: 19,4°C em 12/5/2019;
Menor mínima absoluta: 1°C dia 27/5/2020 em Engenheiro Marsilac, zona sul;
Maior mínima absoluta: 21,6°C em 4/5/2019 na Sé/CGE, Centro;
Máximas:
Menor máxima média: 13°C dia 30/5/2007;
Maior máxima média: 32,4°C dias 4 e 5/5/2024;
Menor máxima absoluta: 11,5°C dias 30/5/2007 e 18/5/2022 em São Mateus, zona leste, e Perus, zona norte;
Maior máxima absoluta: 33,8°C dia 4/5/2018 no Campo Limpo, zona sul.
Os recordes de temperatura ocorridos em 2024
Mínimas:
Menor mínima média: 9,7°C dia 29/5/2024;
Menor mínima absoluta: 4,3°C dia 30/5/2024 em Engenheiro Marsilac, zona sul;
Maior mínima média: 22,9°C dia 16/1/2024;
Maior mínima absoluta: 25°C dia 16/3/2024 em Santo Amaro, zona sul.
Máximas:
Maior máxima média: 34,4°C dia 17/3/2024;
Maior máxima absoluta: 36,4°C dia 9/1/2024 na Vila Maria/Guilherme, Zona Norte e Mooca, zona leste;
Menor máxima média: 16,4°C dia 26/5/2024;
Menor máxima absoluta: 15,3°C em Engenheiro Marsilac, zona sul, dia 26/5/2024;
Os recordes de temperatura na cidade desde 2004
Mínimas:
Menor mínima média: 3,2°C dia 30/7/2021;
Menor mínima absoluta: -3°C dia 30/7/2021 em Parelheiros, zona sul;
Maior mínima média: 24,3°C dia 4/2/2014;
Maior mínima absoluta: 26,4°C dia 2/10/2020 em São Miguel paulista, zona leste.
Máximas:
Maior máxima média: 37,3°C dia 2/10/2020;
Maior máxima absoluta, aquela registrada em um único local: 39,1°C em Pinheiros, zona oeste, dia 1º/2/2019;
Menor máxima média: 8,3°C dia 24/7/2013;
Menor máxima absoluta: 7,6°C dia 24/7/2013 em Parelheiros, zona sul, e Freguesia do Ó, zona norte.
Redação / Folhapress