Estudantes do Unisalesiano refletem sobre experiência em missão humanitária no Rio Grande do Sul

“O que eu vou levar dessa experiência é saber que a gente dá conta, porque às vezes a gente duvida que é capaz. E se a gente deu conta sem ter recurso, imagine o que a gente dá conta tendo recurso?”. Esse foi o relato da estudante de enfermagem Beatriz Dessotti Cirilo, que fez parte do grupo de 37 pessoas do Unisalesiano, que estiveram por duas semanas em Porto Alegre (RS) na Missão Humanitária “Saúde Não Espera!”, promovida pelo Unisalesiano de Araçatuba (SP).

Ela enalteceu a iniciativa da instituição e afirmou acreditar que o centro acadêmico irá formar excelentes profissionais de saúde, tanto na parte acadêmica quanto na pessoal. O grupo retornou à cidade na madrugada de domingo (2), e alguns universitários receberam a imprensa junto com os organizadores da missão e médicos participantes. Todos destacaram a importância da experiência na forma como passaram a ver a vida de maneira mais humana.

Enfrentando a Vulnerabilidade

A acadêmica de Medicina Beatriz Parpinelli Scarpin comentou que, no dia a dia do curso, os universitários já percebem a diferença de realidade entre eles e os moradores da periferia durante visitas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), parte da grade curricular. Durante a missão, essa diferença ficou ainda mais evidente. “A vulnerabilidade das pessoas vem muito antes da enchente”, disse ela, ressaltando a intensa prática de empatia ao lidar com pessoas que não sabem quando poderão voltar para casa, muitas vezes porque não têm mais um lar.

Reflexões e Compromissos

Julia da Silva Zeffiro, também estudante de Medicina, refletiu sobre as dúvidas comuns sobre o futuro na área da saúde. Após a Missão Humanitária, ela voltou com a certeza de que está no caminho certo e precisa continuar. “Ficar tão perto da fragilidade humana me fez ver que eu preciso continuar. Não sei o que será no futuro, mas de alguma forma, preciso continuar ajudando”, declarou.

João Pedro Teixeira de Queiroz destacou a importância de confiar na formação recebida, especialmente quando recursos diagnósticos são escassos. Ele enfatizou a necessidade de ouvir as pessoas, além de tratar as doenças, observando que muitas vezes o que alguém precisa é ser ouvido.

Emoção e Esperança

O coordenador do Curso de Medicina do Unisalesiano, médico Antônio Poletto, emocionou-se com os depoimentos dos acadêmicos, afirmando que isso gera muita esperança na solidez da formação oferecida pela instituição. Ele destacou a grande demanda de estudantes que queriam participar da missão, mas só foi possível levar 21 acadêmicos de Medicina e os de Enfermagem.

O coordenador da Missão Humanitária, médico Ângelo Jacomossi, ressaltou que a experiência mostrou o potencial humano dos acadêmicos. Durante a graduação, muitos estudantes acreditam que só serão úteis tecnicamente, mas a missão revelou que o curso de medicina e enfermagem são instrumentos que promovem a interação humana. “Isso ficou muito claro para todos durante a missão: não sou só o médico, não sou o enfermeiro, sou uma pessoa com experiências próprias e empatia”, concluiu.

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