O ex-promotor de Justiça, Thales Ferri Schoedl, que foi acusado de matar Diego Mendes Mondanez e ferir Felipe Cunha de Souza em um luau no 30 de dezembro de 2004, na Praia da Riviera de São Lourenço, em Bertioga, Litoral de São Paulo foi a júri popular na segunda-feira (3), no Fórum da cidade. Após 20 anos, o réu foi condenado a 9 anos de prisão em regime fechado.
O condenado havia sido absolvido por unanimidade pelos desembargadores do Órgão Especial do TJ-SP, em 2008, porém, a decisão foi anulada. Por conta do homicídio, ele foi exonerado do cargo de promotor em 2018, após o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, seguir decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (MP) e definir pela demissão de Schoedl. Com isso, o réu perdeu direito ao foro especial, e consequentemente, o primeiro julgamento foi anulado.
O júri popular contou com 15 testemunhas e 7 jurados, e durou mais de 10 horas. Em seu depoimento, Schoedl afirmou que andava armado na época, pois sofria perseguições pelo cargo que exercia. O réu também alegou que estava andando com a namorada, quando um grupo de jovens os cercaram e ele anunciou que estava armado.
Mesmo atirando para cima e para baixo, as provocações teriam continuado, e em legítima defesa, segundo o acusado, atirou contra o grupo.
Schoedl foi condenado a seis anos de reclusão pelo homicídio de Diego e mais três anos pela tentativa de homicídio contra Felipe. Inicialmente, a pena deverá ser cumprida em regime fechado. A sentença ainda cabe recurso, e um dos advogados do réu alegou que irão recorrer.