Elenco do Corinthians queria permanência de medalhões, diz Paulinho

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O meio-campista Paulinho, sem clube, detalhou seus últimos meses no Corinthians.

Paulinho disse que o elenco corintiano queria a permanência de veteranos consagrados. O clube não renovou, no fim de 2023, com Gil, Giuliano e Renato Augusto. Mais recentemente, o Corinthians rescindiu com Cássio e se despediu do próprio Paulinho, em fim de contrato.

“Se ele (Augusto Melo) acertou ou errou, só vamos ver lá na frente. Quem dos atletas não queria que continuasse Renato (Augusto), Giuliano, Gil? Todos queriam. Os atletas têm identificação, conhecem o clube. Mas é uma decisão que você tem que respeitar. E outra, se o presidente achou que o ciclo desses atletas acabaram, o que vamos fazer? Não tem questionamento, temos que seguir trabalhando”, disse o jogador ao Jogo Aberto

O meio-campista também negou conexão com o Cruzeiro. “Não teve nenhum contato, nenhuma oferta, nenhuma proposta”, disse Paulinho ao Jogo Aberto, da Band. O atleta de 35 anos pretende seguir carreira no futebol, mas ainda não definiu seu futuro clube.

O QUE MAIS PAULINHO FALOU

Novas lideranças no Corinthians

“Obviamente tem que ter veteranos para dar respaldo aos garotos, isso é muito claro. Mas a liderança não é só falar no vestiário, uma liderança técnica também é válida. O caso do Wesley, um menino de 19 anos. Ele pensa muito rápido, é muito para a frente, é uma liderança técnica. Mas nesta quarta-feira (5) não tem uma referência de jogadores, o que faz com esses meninos? Esperamos que saia (do Z4) o mais rápido possível.”

Impacto de crises externas ao futebol

“Não tem como fugir disso, os atletas enxergam, olham as redes sociais, leem as notícias. O que eu sempre tentei fazer ali é que os meninos não enxergassem a parte interna. Não é problema nosso, temos hierarquia dentro do clube para resolver as questões. O que o elenco que ficou lá tem que fazer é jogar futebol. Se tem resultado positivo minimiza problemas externos, mas se ficar pensando nisso não consegue fazer o principal.”

Ambiente

“Era muito bom. Eu era dos mais experientes para fazer o ambiente ficar sempre bom. Não tinha nada para falar do Corinthians. Os resultados afetam, com certeza, estar na situação que estar no Brasileirão faz efeito, mas no geral sempre fui um cara que estava na linha de frente e nunca vi ambiente ruim dentro do clube.”

Alerta no Brasileiro

“Você cai numa zona desconfortável na competição, tenta sair e não consegue, o desespero vai batendo. As coisas externas também. Estamos falando do Corinthians, mas é natural em qualquer instituição. Na minha visão, tem que ligar o alerta. Brasileirão foram 7 rodadas, tem 5 pontos, é muita diferença. Até chegar lá em cima é difícil. É momento de alertar, virar a chave, nas copas está avançando mas o principal é sair dessa situação no Brasileirão.”

Diferença de desempenho em competições

“Se tem jogo de mata-mata, o Corinthians é forte. Mas acho que o foco tem que ser o Brasileiro. Aí vem tudo, é uma mudança radical de direção para colocar o sistema que querem no clube, o elenco é novo, o treinador chegou há poucos meses e quer colocar a filosofia dele. É complicado ter tudo isso controlado, é tempo. Infelizmente, no Corinthians às vezes é de imediato.”

Melhores volantes

“Moscardo é muito bom jogador. Mas continuo no (Breno) Bidon, com o que vi nesses meses falo com propriedade: esse menino é jogador de time grande da Europa. É muito diferente, o jeito que ele pensa o jogo, a forma como enxerga. É muito calmo, tranquilo, a forma como toma decisões.”

Despedida

“Ainda assimilando tudo isso, digerindo. Uma semana que foi essa festa maravilhosa, nunca imaginei que teria uma despedida dessas com o torcedor corintiano.”

Mudança no perfil de jogo

“É natural do futebol, você não vai conseguir mais ter a mesma imposição física. Enxergo isso de uma forma muito natural, são ciclos. Obviamente, se me perguntar onde quero jogar nesta quarta-feira (5), quero jogar bem perto do gol. Faz parte da vida profissional do atleta. Pretendo jogar mais dois ou três anos. Quando chegar no momento, não tenho problema nenhum em falar. Quando enxergar que não é mais o momento de entrar em campo, sou bem tranquilo em relação a isso.”

Futuro depois de jogar

“Tirei minhas licenças de treinador, mas não seria o meu primeiro foco. Minha vontade é seguir na área de gestão.”

Redação / Folhapress

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