SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em 2002, o filme “Avassaladoras” foi sucesso de bilheteria com a história das amigas Laura, Paula, Betty e Tereza. Solteiras em busca de um homem, elas foram comparadas com as personagens de “Sex and The City”, apesar de não terem nenhuma influência da série americana. O filme tem até seu próprio Mr. Big brasileiro, Reynaldo Gianecchini.
Cerca de 22 anos depois, Laura e Betty voltam na continuação “Avassaladoras 2.0”, que conta a história de suas filhas, Bebel e Lu, vividas pelas influenciadoras Fefe Schneider e Bibi Tatto. A ideia é que aconteça com elas o mesmo que, na época, ocorreu com Giovanna Antonelli, Paula Cohen, Ingrid Guimarães e Chris Nicklas, que ganharam destaque e cresceram na dramaturgia nos anos seguintes.
“Avassaladoras foi o segundo filme da Giovanna, o primeiro do Giane e o segundo da Ingrid. A gente lançou naquele filme um monte de gente e, agora, a gente está lançando elas”, diz a produtora Walkíria Barbosa, responsável pelos dois longas. A grande influência de Fefe e Bibi nas redes sociais deve dar um empurrãozinho nesse plano, se é que elas já não estão lançadas, pelo menos entre os jovens na internet.
Fefe começou com vídeos no YouTube e, hoje, aos 22, acumula 16 milhões de seguidores só no TikTok, além de mais 7 milhões no Instagram. Nas redes sociais, ela grava vídeos contando histórias de “true crime”, fala sobre cinema e curiosidades. No entanto, seu objetivo maior, segundo ela, sempre foi o de virar atriz.
“Criei meu canal quando tinha 13 anos. Eu gravava vídeos e postava com a esperança de que, um dia, algum diretor olhasse meu canal e falasse: Nossa, adorei ela'”, contou. A ideia deu certo, já que “Avassaladoras 2.0” é seu terceiro filme, depois de “O Segredo de Sara” e “Mamonas Assassinas – O Filme”.
Bibi também está há 12 anos produzindo conteúdo para a internet e, hoje, acumula mais de 25 milhões de fãs, somando YouTube, Instagram e Tik Tok. Também cantora, ela diz que caiu de paraquedas na internet e, aos poucos, foi descobrindo do que gostava.
“Esse meu lado atriz foi vindo com o tempo”, diz. “Através dos conteúdos, a gente vai descobrindo novas paixões. Por a gente ter essa liberdade na internet de poder explorar o que a gente quer fazer, e ir testando”, explica. “Hoje eu estudo teatro musical e estou procurando aprender cada vez mais.”
As duas, que já se conheciam antes dos sets de gravação, acreditam que podem usar as redes sociais para trazer o público jovem de volta aos cinemas. “A geração Z fica cada vez mais no telefone. Com as pessoas da internet aparecendo no cinema, o público que gosta de acompanhar a Bianca porque gosta do conteúdo dela, ou que gosta de me acompanhar porque gosta do meu conteúdo, olha o filme e fala: Vou no cinema porque as duas estão lá e acaba que vai pegando o gosto. Vai voltando essa magia do cinema”, avalia Fefe.
“Eu fico muito feliz por conseguir, através da minha influência, de certa forma beneficiar a cultura brasileira”, completa Bibi.
No longa, Bebel, que mora nos Estados Unidos com a mãe, é apaixonada pelo influenciador e ativista J-Crush (Murilo Bispo). Ela troca mensagens com o influenciador enquanto se passa por uma atriz em ascensão, mas sua farsa corre o risco de ser descoberta quando sua mãe decide que elas irão passar férias no Brasil.
A atriz, que viveu seu primeiro romance nas telas, contou que a parceria com Murilo ultrapassou as telas e os dois também viraram um casal na vida real, por um breve período. “A gente ficou junto durante um mês gravando e morando junto, durante a pandemia. E aí acabou que vivemos um romance, né?”, conta ela. “Eu fiquei de vela tanto no set quanto na casa. Nossa, gente”, brinca Bibi.
Com roteiro de Tony Goes (1960-2024), “Avassaladoras 2.0” tem direção de Mara Mourão e estreia em 13 de junho nos cinemas.
LUÍSA MONTE / Folhapress