Campinas confirma mais cinco mortes por dengue; grávida está entre as vítimas

João Lucas Dionisio
João Lucas Dionisio
Jornalista, pai, chefe de redação na Thathi Record e editor executivo do THMais.
Foto: Rogério Capela
Foto: Rogério Capela

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde desta quinta-feira, 6 de junho, mais cinco mortes por dengue na cidade. Com isso, o total chega a 35 neste ano.

De acordo com a pasta, que lamentou as mortes “o desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e fatores individuais do paciente, como doenças preexistentes. Não há relação direta com a oscilação de casos, embora a Saúde registre, neste momento, tendência de redução de transmissão por conta da diminuição das temperaturas desde a segunda quinzena de maio”, ressaltou.

Desde 1º de janeiro foram confirmados 104.450 casos de dengue. Assim como em todas as situações de casos registrados, medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.


Perfil dos óbitos

Os novos óbitos ocorreram entre 11 de abril e 9 de maio, e um deles é de uma gestante de 30 anos. Veja abaixo orientações da Secretaria de Saúde para mulheres deste grupo.
 

  • Sexo feminino, 30 anos, sem comorbidade. Atendida na rede pública, era gestante e moradora da área de abrangência do CS DIC I. Ela teve início dos sintomas em 16 de abril e o óbito ocorreu em 23 do mesmo mês.
  • Sexo masculino, 62 anos, sem comorbidade. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Tancredo Neves. Ele teve início dos sintomas em 21 de abril e o óbito ocorreu em 24 do mesmo mês. 
  • Sexo masculino, 17 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Lisa. Ele teve início dos sintomas em 6 de abril e o óbito ocorreu em 11 do mesmo mês. 
  • Sexo feminino, 79 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Paranapanema. Ela teve início dos sintomas em 4 de maio e o óbito ocorreu em 9 do mesmo mês. 
  • Sexo masculino, 91 anos, com comorbidades, atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS Barão Geraldo. Ele teve início dos sintomas em 15 de abril e o óbito ocorreu em 24 do mesmo mês.



Orientações para gestantes

Este é o primeiro óbito de gestante por dengue em 2024. Em relação ao total de casos confirmados, este grupo representa 0,8% do total de pessoas diagnosticadas com dengue.

“Vale destacar que as gestantes e puérperas, especialmente até 14 dias pós-parto, são mais suscetíveis às complicações e evolução para as formas mais graves da dengue. A prevenção com uso de repelentes, diagnóstico oportuno e a vigilância clínica diária da gestante com suspeita ou confirmação de dengue se mostram como estratégias fundamentais para evitar complicações da doença nesse grupo da população”, explicou o médico ginecologista e obstetra do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas André Pampanini Melo.

As gestantes podem ter acesso aos repelentes contra mosquitos que estão disponíveis nas farmácias de todos os 68 centros de saúde da cidade. A medida reforça a prevenção à doença e, para isso, basta apresentar o cartão pré-natal. Os endereços e horários de funcionamento das unidades estão na página: https://www.campinas.sp.gov.br/secretaria/saude/pagina/centros-de-saude


Situação atual

A Secretaria de Saúde reitera o alerta feito desde 2023 com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.

“Os dados parciais do Painel de Monitoramento de Arboviroses indicam que a curva de transmissão começou a cair a partir de 5 de maio. Esperamos que, com a queda acentuada das temperaturas desde a semana passada, os casos diminuam ainda mais. Por outro lado, é preciso alertar que as medidas de prevenção à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo”, destacou o coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto de Almeida Marinho Neto.

O pico de transmissão da epidemia de dengue ocorreu no período entre 7 e 13 de abril.

Texto em colaboração da Prefeitura Municipal de Campinas

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