E se não quiser ter filhos? Como organizar isso?

Cada vez mais o número de procura casais decidindo em não ter filhos ou não ter mais filhos crescem nos consultórios. E o homem vem buscando o tratamento da vasectomia para esse fim.

No inicio desse ano, Fabio Porchat, famoso apresentador e comediante brasileiro, terminou sua relação, alegando em um post que o principal motivo tenha sido a falta de compatibilidade entre ele não querer filhos e sua ex-esposa querer.

Esse cenário tem sido cada vez mais comum: casais que se separam por causa disso, casais que decidem em conjunto não ter filhos e casais que já tem, mas querem tomar alguma atitude mais permanente para não terem mais filhos.

Não é o caso de Fabio Porchat, citado acima, porém muitos desses homens (que não pretendem se tornar pais) tem recorrido ao procedimento de vasectomia para encerrarem definitivamente preocupações referentes a filhos.

“ Com certeza estamos vivendo uma mudança no cenário familiar brasileiro, seja pela escolha do casal em não querer mais filhos (ou simplesmente não querer nenhum), seja pelo fato do homem ser o protagonista no controle de natalidade da relação, local amplamente ocupado pelas mulheres através de pílulas anticoncepcionais, dispositivos hormonais e até procedimentos como laqueadura” , relata o médico urologista Dr. Fabricio Benvenutti.

Mas, como saber se esse é a melhor decisão? Será que existe um bom resultado de reversão desse tipo de procedimento? “_ Eu sempre digo que a decisão precisa ser do homem. Apesar de ser uma escolha em conjunto. Digo isso, pois a vida pode tomar outros rumos, o homem pode hoje estar com uma parceira que não quer filhos e depois ter outra parceira que queira. Daí acontece todo um “transtorno” para reverter a vasectomia. Essa é uma decisão séria que deve ser tomada com credulidade do homem que a faz”, diz Dr. Fabricio. A reversão existe, pode acontecer, mas seu sucesso depende de alguns fatores como a forma que foi feita a vasectomia e a resposta do organismo do paciente para a “junção” do ducto deferente, canal que leva os espermatozoides para a ejaculação.

“Apesar de estarmos numa sociedade que cultua a criação e formação de família através de filhos, precisamos começar a dialogar sobre o planejamento daqueles que preferem não ter. Isso não descaracteriza novas formações familiares. Hoje, temos essa possibilidade, a de planejar se queremos, quando queremos e qual forma teremos”, finaliza Fabrício.

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