Metroviários de São Paulo aceitam proposta do governo e rechaçam indicativo de greve

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os metroviários de São Paulo aceitaram proposta salarial oferecida pelo Metrô, empresa controlada pelo governo paulista, afastando a possibilidade de greve da categoria na próxima quarta-feira (12).

A decisão ocorreu em assembleia na tarde desta quinta-feira (6), no Sindicato dos Metroviários.

O Metrô ofereceu reajuste salarial de 2,77%, pagar retroativos de março que estavam atrasados e validar a promoção de funcionários que passaram em concursos internos, mas ainda não foram promovidos.

A empresa ainda se comprometeu a pagar bônus de R$ 3.000 a cada funcionário correspondente a metas batidas, abonar horas de trabalho dos servidores utilizadas para consultas médicas e se reunir com o sindicato dos seguranças do Metrô, trabalhadores que também reivindicam ganhos maiores.

Durante a assembleia, nem todos os presentes concordaram com a proposta. Houve um princípio de confusão, que foi apaziguada. O grupo opositor defendia manter indicativo de greve até o Metrô oferecer reajuste salarial de, ao menos, 3,68%.

Maioria dos sindicalizados, porém, concordou com a proposta do governo de São Paulo.

Outra categoria ameaçou paralisar em São Paulo nos últimos dias por negociação salarial: profissionais de ônibus. Eles indicaram greve para esta sexta-feira (7). Em assembleia na manhã desta quinta-feira (6), porém, foi confirmada a decisão de suspender a greve.

Segundo a direção do SindMotoristas, que representa os trabalhadores do transporte rodoviário urbano, a suspensão foi aprovada por unanimidade. Nos próximos dias, uma mesa técnica deve ser instalada no TCM (Tribunal de Contas do Município) para continuar as negociações entre empresas e funcionários, que reivindicam aumento salarial e outros benefícios trabalhistas.

O entendimento entre as duas partes para suspender a paralisação foi intermediado pela Justiça do Trabalho e pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil), nesta quarta (5).

O SindMotoristas informou que “no período das negociações permanecerá em estado de greve para realização de ações de mobilização junto à categoria”, mas o risco de uma nova paralisação foi afastado por enquanto.

A mesa técnica de negociações no TCM terá representantes do sindicato dos trabalhadores, das empresas de ônibus, da SPTrans (empresa municipal que administra as concessões de operação das linhas) e da Câmara Municipal, segundo o SindMotoristas. Podem ser convidados membros do Ministério Público do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.

A indicação de que a categoria poderia cruzar os braços ocorreu na última segunda-feira (3), diante de um impasse nas negociações de reajustes dos salários e benefícios trabalhistas. Representantes dos trabalhadores e das dez empresas que operam o serviço na capital discutem essas questões desde o ano passado.

Redação / Folhapress

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