Rússia acusa Ucrânia de matar 22 pessoas em ataque contra cidade ocupada

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de Kherson, que foi instalado por Moscou na região ucraniana ocupada pela Rússia, disse nesta sexta-feira (7) que um bombardeio da Ucrânia contra uma loja no vilarejo de Sadove matou 22 pessoas, incluindo duas crianças, e feriu outras 15.

Vladimir Saldo afirmou que as Forças Armadas do país inimigo atacaram o local duas vezes usando um míssil de fabricação americana para “causar o maior número possível de baixas”. A loja estava lotada de clientes e trabalhadores, segundo Saldo. Cinco feridos estão em condição grave.

O governador da província de Luhansk, também instalado pela Rússia para governar o território ocupado, afirmou que outro ataque ucraniano na região matou 3 pessoas e feriu 35. O Ministério de Defesa da Rússia disse que armas americanas foram usadas nesse ataque. A Ucrânia não se pronunciou sobre nenhum dos casos.

A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia Maria Zakharova disse que os dois incidentes “expõem a natureza desumana e nazista” das autoridades ucranianas depois que os Estados Unidos e aliados ocidentais permitiram que Kiev utilizasse armas entregues por eles para atingir alvos dentro da Rússia.

Não é o caso dos dois ataques anunciados na sexta pela Rússia -Kherson e Luhansk, assim como Donetsk e Zaporíjia, são regiões ucranianas anexadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 2022. Entretanto, Moscou acusou Kiev em maio de matar 7 pessoas em um ataque contra a região russa de Belgorodo.

De acordo com a imprensa russa, o governador de Kherson disse que “depois do primeiro ataque, moradores correram até o local para ajudar os feridos, e logo em seguida, foram atingidos por outro míssil. Esse segundo ataque foi deliberado e teve o objetivo de criar mais vítimas”. A Ucrânia costuma acusar a Rússia de realizar ataques repetidos na mesma área para tentar matar socorristas.

A região de Kherson foi ocupada pela Rússia no início da guerra, mas Kiev recuperou boa parte do território, incluindo a capital regional de mesmo nome. A anexação da província não foi reconhecida pela comunidade internacional.

Redação / Folhapress

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