Brasileira ferida no Líbano recebe alta da UTI, mas segue em hospital

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A brasileira ferida em um bombardeio no Líbano saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Zahraa, em Beirute.

Fátima Boustani, de 30 anos, deixou a UTI no último sábado (8). A informação foi confirmada ao UOL pelo primo do marido dela, Hussein Ezzddein.

Apesar de estar ”estável”, ainda não teve alta do hospital. Não há previsão de ser liberada até o momento. Ela havia sido transferida para o hospital em Beirute, capital do país, na semana passada.

A mulher já passou por três cirurgias, contou Hussein. Ela ficou com o rosto desfigurado e sofreu sangramento no pulmão após o bombardeio. Fátima precisará passar por procedimentos para reconstrução da face.

A filha dela também continua internada. A menina de 12 anos sofreu diversos ferimentos, perdeu muito sangue e quase teve uma perna amputada. Na terça-feira (11) ela deve passar por mais uma cirurgia na perna.

A casa dos brasileiros na cidade de Saddike, no sul do Líbano, foi atingida por um bombardeio neste sábado (1º), por volta das 11h no Brasil. Fátima, a filha, e o filho de 8 anos acabaram feridos. Outros dois filhos dela, de 13 e 7 anos, tinham saído para a casa dos avós e não foram atingidos.

O casal está junto há 15 anos. Enquanto ele tentava um trabalho no Brasil, Fatima cuidava das crianças no Líbano. Eles decidiram passar um período no país para que as crianças aprendessem árabe.

Os brasileiros estão sendo acompanhados pela Embaixada do Brasil em Beirute. A recomendação é para que brasileiros não viajem para o sul do Líbano porque a hostilidade entre Israel e o Hezbollah, organização islâmica xiita do Líbano, é crescente. O Exército de Israel disse à Folha de S.Paulo que investiga um possível “mau funcionamento técnico” em uma ou mais bombas usadas no ataque contra alvos do Hezbollah.

“Para cidadãos brasileiros que não precisam estar no Líbano, a Embaixada recomenda que considerem deixar o país por precaução até a situação retorne à normalidade”, disse a Embaixada do Brasil em Beirute.

Redação / Folhapress

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