Cinco funcionários do Centro Terapêutico Caminho de Luz, no município de Machado, sul de Minas Gerais, foram presos suspeitos de torturarem pessoas que estavam internadas no local.
Eles são investigados pelos crimes de tortura, tráfico de entorpecentes, maus-tratos, sequestro, cárcere privado e organização criminosa. As prisões, em flagrante, aconteceram na última quinta-feira (6).
Agentes do Ministério Público, polícias Civil e Militar, além da vigilância sanitária encontraram cinturões com braceletes para imobilização e faixas. As supostas vítimas afirmaram que eram torturadas no cômodo onde esses objetos foram encontrados, como uma forma de castigo.
Também foram encontrados remédios controlados sem prescrição médica. Havia blocos de receitas em branco, assinados por um médico, mas sem indicação da origem.
Segundo a Polícia Civil, os internos eram homens, com idades entre 19 e 54 anos. Eles afirmam que foram internados à força e que os medicamentos eram usados para sedá-los quando tentavam fugir do centro terapêutico.
Durante a inspeção, o gerente do local tentou fugir, mas foi alcançado e preso. Com ele foram encontrados cheques, dinheiro e um comprovante de depósito.
INTERDIÇÃO
Nesta segunda-feira (10), a prefeitura de Machado interditou o centro terapêutico. Segundo o MP-MG, apenas internos que estavam no local voluntariamente permaneceram no espaço, mas o município decidiu suspender as atividades do Centro Terapêutico Caminho de Luz.
A vistoria constatou que o centro terapêutico armazenava alimentos de forma imprópria e os produtos estavam com o prazo da validade.
O centro terapêutico conta com muros altos, trancas e cadeados. Segundo o MP-MG, a estrutura de restrição da liberdade dos internos contraria resolução da Anvisa.
O UOL tenta contato com o Centro Terapêutico Caminho de Luz. Se houver resposta, o texto será atualizado.
Redação / Folhapress