SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A área para embarque em carros de aplicativos no piso inferior do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, será dividida por letras e cores.
A sinalização está entre as mudanças previstas para serem implantadas em julho e é uma tentativa para resolver um dos principais gargalos do aeroporto.
A ideia é que os passageiros aguardem no local exato da parada de seus veículos, melhorando a organização do tráfego e reduzindo o tempo de espera.
A Aena, concessionária que administra o aeroporto, diz acreditar que haverá redução no tempo de permanência dos veículos no local e aumento da capacidade de embarque de passageiros.
O anuncio ocorre dois dias depois de a Prefeitura de São Paulo publicar uma resolução dizendo que os passageiros que usam transporte por aplicativo terão de utilizar uma área específica para embarque, que por enquanto vai continuar no piso interior do aeroporto.
O total de pontos destinados ao embarque em carros de aplicativos e particulares passará das atuais 39 para 52 a partir do mês que vem com as mudanças.
Esse aumento, diz a Aena, será possível com a redistribuição das vagas existentes no piso inferior.
Haverá a redução das atuais sete vagas de ônibus para duas. Com isso, serão criadas 13 novas para carros de aplicativos.
Além disso, a intenção é que as vagas de táxi fiquem concentradas no piso superior. Dessa forma, explica a concessionária, das atuais oito posições para táxis do piso inferior, sete passariam aos carros de aplicativos.
Permaneceria no local uma vaga destinada a táxi adaptado para acessibilidade.
Essa medida, afirma, ainda depende de aprovação da prefeitura. Caso aprovada, o total de vagas para carros de aplicativos subiria para 59.
Um lounge com assentos, pontos de energia para carregamento de equipamentos eletrônicos e acesso à internet será instalado no local.
Atualmente, o acesso aos carros de aplicativo é confuso e sem orientação, tanto de trânsito quanto para passageiros.
Motoristas que rodam no entorno do aeroporto aceitam, mas cancelam corridas de usuários no desembarque em seguida, com receio de serem multados por agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), quando têm de aguardar em fila dupla por falta de lugar para estacionar ou por desorganização viária.
Somente no ano passado, mais de 34 mil multas foram lavradas nas vias de acesso às áreas de embarque e desembarque de Congonhas, diz a CET.
A concessionária diz que também afirma que vai contratar 23 profissionais para orientação aos usuários e motoristas na área de embarque.
Um bolsão para carros de aplicativo também está sendo construído, terá capacidade para 145 veículos à espera de passageiros e ocupará uma área de 4.000².
De acordo com a empresa, com o bolsão, os motoristas não precisarão mais circular pelas vias internas e externas do aeroporto enquanto aguardam uma nova chamada, reduzindo o impacto no trânsito local.
Com a fila virtual, o condutor espera no bolsão até chegar seu lugar e se dirigir ao desembarque para pegar o passageiro.
A estrutura, diz a Aena, ficará localizada na entrada do sítio aeroportuário, próximo ao atual bolsão destinado a táxis credenciados e ao estacionamento de uma locadora de veículos.
Para 2025, a empresa prevê uma solução definitiva, com a criação de uma praça para o embarque de passageiros em carros de aplicativos. Com cerca de 70 vagas de parada, o local ficará na cobertura do atual edifício garagem, com acesso logo após a saída do desembarque de voos.
A entrada e a saída serão por dois novos viadutos de acesso, desviando esses veículos do tráfego das vias do aeroporto. As obras deverão ser iniciadas no segundo semestre deste ano.
Os estudos, diz a concessionária, estão sendo feitos com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito.
Redação / Folhapress