SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (13), enquanto investidores seguem repercutindo a política fiscal brasileira e alinham apostas sobre o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, após a última decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
Às 9h10, o dólar à vista caía 0,02%, a R$ 5,402 na venda.
“Os formuladores de políticas mostraram no seu resumo de projeções econômicas que preveem reduzir o juro apenas uma vez em 2024, em vez das três reduções previstas em março, embora o presidente Jerome Powell tenha mantido a possibilidade de mais cortes. Ainda assim, os investidores mantêm na curva americana apostas elevadas de que o Fed reduzirá as taxas em setembro”, diz a equipe da Guide Investimentos.
Na quarta (13), o dólar atingiu a marca de R$ 5,430, em meio a uma percepção de enfraquecimento político do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de ruídos sobre a condução da política fiscal. No fim da sessão, a moeda recuou e fechou a R$ 5,405, uma alta de 0,83% em relação ao dia anterior, sob influência principalmente de notícias da economia americana.
A Bolsa fechou em queda de 1,39%, aos 119.936 pontos.
Incertezas sobre a condução da política econômica vêm assustando investidores e descolando os índices brasileiros dos mercados globais. “Há um temor crescente de que a visão mais ponderada de Haddad está perdendo força dentro do governo”, afirmou Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento no Rio de Janeiro, também influenciaram o mercado financeiro. O petista afirmou que o governo está “arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal”, mas sem mencionar corte de gastos.
“O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público”, disse.
Redação / Folhapress