SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Palestinos afirmaram que Israel atacou Al-Awasi, região costeira da Faixa de Gaza lotada de refugiados e designada como uma “zona segura” pelo Estado judeu, nesta quinta-feira (13).
O Exército de Tel Aviv negou que tenha atingido a área, que fica a oeste da cidade de Rafah, ou lugares próximos a ela por meio de comunicado citado pela agência de notícias Reuters. Segundo as forças, as operações desta quinta visavam a eliminar as últimas unidades de combate do Hamas que restavam em Rafah, e foram conduzidas com base em informações de inteligência.
Rafah, que fica na fronteira com o Egito, serviu por meses como derradeiro refúgio para mais de 1 milhão de habitantes, mas foi cercada por Israel nos últimos meses. A maioria dos palestinos que tinham fugido para lá se mudou ou para o centro, nos arredores de Deir Al-Balah, ou para o norte, em direção de Khan Yunis recentemente.
Aqueles que permaneceram na área afirmaram que a madrugada desta quinta foi uma das piores dos últimos tempos em termos de bombardeios, e que houve ataques aéreos, terrestres e marítimos. Segundo relatos, muitas famílias que estavam fugiram de seus lares no escuro.
Na véspera, quarta-feira (12), o Exército de Israel tinha informado que, por meio de uma ofensiva aérea, atingiu 45 alvos em toda a faixa, incluindo estruturas militares, células terroristas, lançadores de foguetes e acessos a túneis. Suas tropas nos arredores de Rafah ainda localizaram armamentos e mataram homens armados em combates corpo a corpo.
Os ataques se dão em meio à renovação das tentativas para negociar um cessar-fogo, num esforço capitaneado pelos Estados Unidos. Na terça-feira (11), mediadores do Qatar e do Egito confirmaram o recebimento de uma resposta formal do Hamas ao plano americano, mas um dos negociadores disse à agência AFP que a facção havia exigido mudanças.
Na quarta-feira, Osama Hamdan, um dos porta-vozes do grupo terrorista, negou que a facção tenha sugerido transformações no plano em entrevista ao canal árabe Al-Araby. Ele ainda acusou Tel Aviv e Washington de “fugirem de qualquer compromisso” para estabelecer uma trégua permanente na faixa.
Em novo giro pelo Oriente Médio o oitavo desde o início da guerra em Gaza, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, confirmou que há dificuldades para os diálogos avançarem.
O assunto deve ser discutido pelo próprio presidente dos EUA, Joe Biden, com outros líderes mundiais nesta quinta, durante a cúpula do G7 na Itália.
Redação / Folhapress