ORLANDO, EUA (UOL/FOLHAPRESS) – Os campos na Copa América, adaptados do futebol americano, serão menores do que as medidas oficiais e o fato preocupa a seleção brasileira. O Brasil já vem treinando com o novo tamanho, mas sabe que o espaço menor desfavorece o jogo brasileiro.
As medidas do campo no torneio serão de 100m x 64m, sendo cinco metros mais curto e quator metros mais estreito.
A mudança influencia em diversos fatores da partida, como saída de bola, pressão, força no passe e rapidez da bola levantada na área. Visualmente, o espaço entre a linha da pequena área e a linha da grande área é muito semelhante ao espaço entre a linha da grande área e a linha lateral.
“O adversário que quiser pressionar vai chegar logo na bola. Qualidade no passe e domínio orientado tem que ser bons e a preparação antes do jogo é importante”, diz Alisson.
O técnico Dorival Jr. e seus pupilos não escondem que vai precisar usar mais do que nunca o goleiro no jogo com os pés para sair da defesa com a bola dominada.
“É natural que tenhamos usado mais o goleiro do que necessário. Em razão disso, talvez tenhamos dificuldade maior. Erros acontecem, mas são passíveis de correção. É pouco tempo para cobrarmos equilíbrio ou regularidade de 90 minutos para uma equipe que fez pouco trabalhos”, disse Dorival Jr, após o jogo contra o México.
“Muda muito. Influencia na saída de bola, a bola parada chega muito mais rápido. São adaptações. Tem que sair jogando rápido, ainda mais curto, porque a pressão com campo menor é mais próxima”, falou Rafael.
“Tem que dosar um pouco a força em lançamentos mais longos, vai estar mais apertado, vai ter menos espaço. Dificulta um pouco o jogo do Brasil e esse trabalho vai ser importante para estarmos adaptados às medidas novas do campo”, falou Wendell.
Outro fator que preocupa é o calor em época de verão nos Estados Unidos. A Conmebol já definiu a possibilidade da parada técnica na Copa América e um protocolo do que chama de “Golpe de Calor por Esforço de Futebol (GCE)”.
Pelo calor, parecia que o campo estava muito grande no amistoso contra o México. Estamos melhorando a cada dia, mas o campo e o calor são fatores Andreas Pereira
EDER TRASKINI / Folhapress